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Espanhóis fazem novo protesto contra o Congresso de Deputados
Criado em 23/10/12 12h01
e atualizado em 23/10/12 12h14
Por Agência Lusa
Madri, 23 out (Lusa) – O Congresso de Deputados da Espanha voltará nesta terça-feira (23) a ser alvo de um forte dispositivo de segurança face à nova convocação de protestos em torno do edifício, que pretende coincidir com o debate do Orçamento de Estado para 2013.
A convocação da manifestação foi feita pela Coordenadoria 25S, movimento responsável pelos protestos que decorreram no mesmo local ao final de setembro e que terminaram com dezenas de feridos e detidos.
O movimento quer contestar as contas públicas propostas para o próximo ano que, na sua opinião, geram “opressão e miséria”, como se pode ler no manifesto de convocação do protesto que está sendo distribuído nas redes sociais. Além do protesto em si, os organizadores pretendem que os cidadãos espanhóis deixem propostas concretas aos deputados, em folhas de papel que devem ser fixadas próximas ao Congresso.
Os deputados espanhóis começam as reuniões para o debate da proposta de Orçamento de Estado para 2013, documento considerado o mais austero da história espanhola e fortemente criticado pela oposição. Várias emendas serão defendidas pelas bancadas da oposição em resposta à apresentação do texto que deverá ser feita, na câmara baixa, por Cristóbal Montoro, ministro da Fazenda e Administrações Públicas.
O protesto de hoje começará com uma marcha que deve terminar na Praça Neptuno por volta das 18 horas. Os organizadores anunciaram que pretendem permanecer junto ao Congresso até que acabe a sessão plenária, prometendo regressar com manifestações idênticas nos dias 25 e 27 de outubro. “Convocaremos ações e rodearemos o Congresso tantas vezes quanto forem necessárias até que nos devolvam a democracia”, explica um deles.
Jesus Posada, presidente do Congresso de Deputados, considerou que o protesto “não é legal”, manifestando-se convicto de que, apesar das manifestações, a sessão decorrerá “com tranquilidade”.
A delegada do Governo em Madri, Cristina Cifuentes, advertiu já que a polícia atuará, “como sempre faz”, para “garantir a segurança e a ordem pública”, antecipando-se que mais de 600 agentes da polícia sejam destacados para as imediações do Congresso.
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