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Governo colombiano e Farc chegam a acordo para alcançar a paz
Criado em 18/10/12 16h03
e atualizado em 19/10/12 18h09
Por Télam
O governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) chegaram a um acordo nesta quinta-feira (18) em Oslo, Noruega, para instalação pública da mesa de negociações pela paz.
As partes acordaram também que no próximo dia 15 de novembro em Havana, Cuba, abordarão o primeiro ponto a agenda comum, o desenvolvimento agrário.
Dez dias atrás, porta vozes das autoridades e da guerrilha se reuniram na capital cubana para preparar a reunião do que consideram a segunda fase do processo de paz. Eles também expressaram reconhecimento à Noruega e Cuba, garantidores do processo e a Venezuela e Chile, acompanhantes do mesmo.
Integração
Os outros pontos presentes na mesa se negociação serão a integração da guerrilha ao sistema político e suas garantias, o cessar fogo e hostilidades de maneira bilateral, a problemática do narcotráfico, a reparação às vítimas do conflito e o reconhecimento da verdade.
Ambas partes advertiram que o processo será longo e que não se limitará à desmobilização dos combatentes.
Cessar fogo
Uma das diferenças que trouxe o manifesto de hoje é a respeito do cessar fogo. Para a guerrilha, pode ser feito na etapa atual de negociação. Já o governo, afirmou que só o aceitará uma vez que se assine um acordo definitivo.
Posicionamentos
Humberto De la Calle, chefe da delegação do governo, foi o primeiro a fazer uso da palavra. Ele destacou que “as FARC tem cumprido rigorosamente seus compromissos” para chegar à mesa de negociação. Também disse que “a confidencialidade é essencial no processo”, referindo-se ao caráter reservado do que é discutido na mesa.
De la Calle também afirmou que as autoridades colombianas apostam em “garantir a vida e a liberdade de expressão de quem decidir ingressar na vida política”.
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O representante governamental acrescentou que “a paz não chegará só com o fim do conflito armado, mas também com a transformação do país”.
Ivan Márquez, que encabeçou a delegação das Farc, sustentou que a organização persegue “a paz com justiça social” com “o povo como protagonista”. Márquez também advogou pela “desmilitarização do Estado e transformações radicais”.
Desenvolvimento agrário
As Farc também destacaram que o primeiro ponto da agenda comum será o “Desenvolvimento Agrário” já que consideram que na concentração de propriedade da terra se encontra o principal problema da Colômbia e a causa essencial do conflito armado.
A negociação se desenvolverá no marco do “Acordo Geral para o término do conflito e a construção de uma paz estável e duradoura” assinado em Cuba por delegados de ambas as partes em 26 de agosto passado.
Fases
A primeira fase do processo de diálogo começou em fevereiro deste ano com reuniões reservadas celebradas em Cuba e concluiu pelo Acordo Geral A instalação pública do processo de paz realizada nesta quinta-feira (18) em Oslo e as negociações que começarão em Havana são consideradas a segunda fase do diálogo.
A terceira e última fase do processo, segundo convencionado nesta quinta, será a verificação do cumprimento dos acordos.
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