12 mil pessoas pediram refúgio ao Equador em 2012

Criado em 31/12/12 18h05 e atualizado em 31/12/12 18h09
Por Andes

Assange completou 6 meses na embaixada do Equador em Londres e se tornou o refugiado de maior exposição na imprensa (Andes)

Quito, 29 dic (PL).- Um total de 12 mil pessoas solicitaram refúgio ao Equador no ano que termina, em sua maioria de nacionalidade colombiana, divulgou hoje a Chancelaria do país.
Segundo a fonte governamental, nos últimos 12 meses conseguiram essa condição 1500 pessoas, que foram beneficiados com os mesmos direitos dos cidadãos equatorianos e estrangeiros residentes no país.

O caso mais midiático neste aspecto foi o de Julian Assange, fundador do site Wikileaks, que está impedido de viajar ao Equador em sua condição de protegido. O Reino Unido persiste em sua negativa de conceder ao ativista o salvo conduto para evitar que ele seja extraditado à Suécia, onde é convocado a uma investigação por supostos crimes sexuais. O governo equatoriano considerou válidos os temores de Assange de que é perseguido por difundir em seu portal documentos comprometedores para o governo dos Estados Unidos, onde poderia ser julgado inclusive com a pena de morte.
Balanço

Na última década a cifra de solicitações de refúgio ao Equador chega a 162 mil, sendo que 35% dessas pessoas receberam o status de refugiado. O comunicado do Ministério das Relações Exteriores afirma que o país é reconhecido por abrigar a maior quantidade de refugiados na América Latina, com cerca de 56 mil na atualidade. Segundo o Ministério, essa situação representa um gasto de cerca de US$ 60 milhões anuais, em termos de acesso à saúde, educação e subsídio ao gás de uso doméstico.

O país espera receber maior cooperação da comunidade internacional para atender aos refugiados em seu território, pelo princípio de “responsabilidade compartilhada”. Está previsto que as autoridades equatorianas e colombianas se reúnam no primeiro trimestre de 2013 para analisar estratégias voltadas à melhoria da qualidade de vida destas populações exiladas.
O diálogo será realizado no contexto de um plano de atenção integral que aponta ao respeito e à promoção dos direitos deste indivíduos, assim como a seu retorno voluntário.

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