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Chipre: governos europeus garantem que programa não é “modelo” para futuros resgates
Criado em 27/03/13 10h29
e atualizado em 27/03/13 10h41
Por © Agência Lusa
Os governos europeus asseguram que a taxa sobre depósitos bancários que vai ajudar a financiar o pacote de ajuda ao Chipre não será adotada em futuros resgates, segundo um documento confidencial citado pela agência Bloomberg.
“O programa de Chipre não serve de modelo porque as medidas foram desenhadas à medida da excecional situação cipriota”, indica o documento aprovado na terça-feira (26) pelos representantes dos ministros das Finanças da zona euro.
O compromisso contraria a impressão deixada pelo ministro holandês das Finanças, Jeroen Dijsselbloem que, em declarações à Reuters e ao Financial Times, afirmou que os futuros problemas bancários deviam ser resolvidos a nível nacional e questionou a necessidade de usar dinheiro dos europeus para recapitalizar os bancos.
Embora o ministro, que presidiu às negociações do pacote cipriota, tenha cesclarecido as declarações posteriormente, vários governos forçaram uma confirmação europeia de que a taxa sobre as contas bancárias do Chipre não será incluída nas ferramentas normais de gestão de crise.
A porta-voz do ministro holandês, Simone Boitelle, disse à Bloomberg que desconhecia o documento, designado no jargão e Bruxelas como “Termos de referência”, escusando-se a comentar.
O documento lembra ainda as decisões anteriores no sentido de reforçar a união monetária “com base numa integração mais profunda e solidariedade reforçada, incluindo uma implementação integral do novo quadro de governação econômica, bem como medidas adicionais para a união bancária”.
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