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Oposição síria denuncia fracasso da diplomacia do governo Obama
Criado em 14/05/13 09h19
e atualizado em 14/05/13 09h22
Por © Rádio França Internacional
O embaixador em Paris da coalizão síria de oposição, Monzer Makhous, denuncia o fracasso da diplomacia americana nas negociações sobre a Síria, afirmando que a Casa Branca já não se refere mais à saída de Bashar al-Assad como uma condição preliminar às discussões.
Para Monzer Makhous, o presidente Barack Obama se curvou diante da Rússia. O embaixador da oposição nota que desde o início do conflito os Estados Unidos sempre defenderam a saída de Assad, mas atualmente os russos conseguiram impor sua visão e já se admite que não é mais primordial que Assad deixe o poder imediatamente.
“Os americanos dizem agora que a oposição e o regime devem se reunir, discutir uma eventual transição e só depois tomar decisões. Também nos dizem que o povo sírio deve decidir o futuro de Assad - se ele deve deixar o poder agora ou estabelecer um calendário de saída do presidente em etapas -, e isso é claramente a transição imaginada pela Rússia”, diz Monzer Makhous.
Negociações
Seguem intensas as negociações entre os principais atores do conflito na Síria. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reúne-se nesta terça-feira no balneário de Sotchi, na Rússia, com o presidente Vladimir Putin, principal aliado do regime de Damasco.
O objetivo da visita de Netanhyahu é impedir Putin de vender baterias antimísseis ultramodernas ao presidente sírio, Bashar al-Assad. Ontem, durante encontro em Washington, o presidente americano Barack Obama e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, disseram que vão manter a pressão sobre o regime sírio, mas a conferência internacional sobre a Síria, prevista inicialmente para o mês de maio, não deverá acontecer antes de junho devido ao bloqueio imposto pela Rússia.
O chanceler francês Laurent Fabius declarou nesta terça-feira que julga difícil organizar uma Conferência Internacional sobre a Síria, reunindo representantes do regime e da oposição, até o fim de maio. Fabius prevê pelo menos duas reuniões preparatórias na Jordânia e em Paris.
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