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José Manuel Ramos-Horta

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Em carta, Prêmio Nobel da Paz chama Saboia de corajoso e mártir

Criado em 11/09/13 10h01 e atualizado em 11/09/13 10h24
Por Renata Giraldi Edição:Denise Griesinger Fonte:Agência Brasil

Presidente do Timor-Leste, José Ramos-Horta
José Manuel Ramos-Horta, em carta enviada a Saboia,  elogia a “coragem” do diplomata e chama-o de “mártir” (Ricardo Stuckert/PR)

Brasília – O Prêmio Nobel da Paz de 1996, José Ramos-Horta, entrou em contato com o diplomata Eduardo Paes Saboia, ex-encarregado de Negócios da Embaixada do Brasil na Bolívia e responsável pela retirada do senador boliviano Roger Pinto Molina de La Paz, na Bolívia, há 13 dias. Em carta enviada a Saboia, Ramos-Horta elogia a “coragem” do diplomata e chama-o de “mártir”.

Ramos-Horta compara Saboia ao cônsul de Portugal em Bordéus, na França, Sousa Mendes, nos anos de 1940, que salvou a vida de cerca de 30 mil judeus, livrando-os da perseguição nazista da 2ª Guerra Mundial. Sem entrar na polêmica que envolve Saboia, os governos do Brasil e da Bolívia, Ramos-Horta disse acompanhar os desdobramentos do caso e ressaltou “sei que o Brasil não recebe ninguém na embaixada sem justa causa”. Ele lembrou que a diplomacia brasileira prima pela prudência e por ser meticulosa.

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Saboia é alvo de investigações de uma comissão de sindicância, formada por dois embaixadores e um auditor da Receita Federal. O grupo apura as responsabilidades do diplomata na retirada de Pinto Molina da Embaixada do Brasil na Bolívia, onde ficou por 455 dias. O ex-encarregado de Negócios é acusado de quebra de hierarquia. A defesa dele nega.

Pinto Molina foi retirado da Bolívia rumo ao Brasil em uma operação, organizada por Saboia, desencadeando uma crise diplomática. O então chanceler Antonio Patriota foi substituído por Luiz Alberto Figueiredo Machado. Em junho de 2012, o Brasil concedeu asilo diplomático ao senador, mas o governo boliviano não deu o salvo-conduto para ele deixar o país. No Brasil há pouco mais de duas semanas, Pinto Molina é classificado como um “delinquente comum” pelo governo boliviano. O senador nega as acusações relativas a desvios de recursos públicos e corrupção. No total, são mais de 20 processos.

Na semana passada, uma missão boliviana de alto nível, formada por três ministros do Ministério Público do país, esteve em Brasília e apresentou documentos ao Ministério da Justiça brasileiro sobre os processos judiciais envolvendo Pinto Molina.

Edição: Denise Griesinger
 

Creative Commons - CC BY 3.0

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