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Nicolás Maduro, presidente da Venezuela

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Venezuela intensifica medidas para coibir especulação

Criado em 12/11/13 21h37 e atualizado em 12/11/13 21h57
Por Agência Brasil Edição:Marcos Chagas

Nicolás Maduro
Cerca de 50 sites usados para difundir a cotização do dólar no mercado paralelo foram bloqueadas (Elza Fiúza/ABr)

Brasília - O governo da Venezuela aumentou a fiscalização para coibir a especulação financeira. Nesta terça-feira (12) foram bloqueadas 50 páginas na internet que eram usadas para difundir a cotização do dólar no mercado paralelo. Além disso, começaram as fiscalizações de preços em lojas de eletrodomésticos em diversas cidades do país.

O bloqueio dos sites foi anunciado pela Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel). Além disso, o órgão orientou as prestadoras de serviço de internet a notificarem os sites para que não permitam a publicação da cotação paralela.

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A medida faz parte de um pacote de ações que o governo venezuelano começou a implementar para tentar vencer os problemas causados pela especulação financeira que afetam o abastecimento e contribuem para a alta inflação.

O diretor da Conatel, Pedro Maldonado, disse que a maioria dos sites e portais bloqueados estavam hospedados em servidores nos Estados Unidos o que para ele é um indício do apoio que os americanos tem dado à oposição venezuelana.

“Estes sites só eram usados para gerar uma bolha especulativa e uma inflação irreal. Isso era feito de maneira anônima, sem nome e sem registro, mas que utilizava parte da infraestrutura de telecomunicações dos principais provedores de internet no país”, explicou Maldonado.

Além dos bloqueios, o governo definiu aplicações de sanções para as páginas que divulgarem cotações do dólar paralelo. O dólar oficial vale U$6,3 bolivares, mas no mercado paralelo, o valor médio é de 40 bolivares, com picos de cotação de até 60 bolivares, cada dólar.

Quanto às medidas adotadas para a fiscalização de venda de produtos em lojas a fim de evitar a cobrança de preços qualificados como “abusivos”, o governo explicou que não pretende “atemorizar” o comércio.

“Não estamos fazendo uma caça às bruxas. O que estamos fazendo é supervisionar o setor privado para que, verdadeiramente, tenham uma ganância justa, sem prejudicar o salário dos venezuelanos”, disse o diretor do Órgão Superior de Economia, Herbert García Plaza.

Segundo ele, os comerciantes devem se adequar às regras e preços estabelecidos pelo governo de Nicolás Maduro, e evitar que o Executivo adote “ações legais” ao setor. “O objetivo é baixar os preços e proteger o salário do povo”, ressaltou García Plaza.

A fiscalização é feita pela Milícia Bolivariana, responsável por patrulhar e verificar se os preços estão de acordo com o estipulado pela Superintendência Nacional de Custos e Preços do país.

As medidas econômicas vêm sendo implantadas pelo governo Maduro desde setembro para tentar resolver os problemas causados pela alta inflação e o desabastecimento. Além de fiscalizar preços, fazer leilões de dólares e aumentar o controle sobre o mercado paralelo do dólar, o país também recebe ajuda de países do Mercosul e da Colômbia para contornar a escassez de alimentos por que passa.

Nicolás Maduro tem atribuído os problemas financeiros à ações especulativas lideradas, segundo ele, pela oposição no país. “Se não fosse a guerra econômica, este ano a inflação estaria entre 16% e 18%, talvez mais baixa”, defendeu em uma marcha em defesa da economia no país. A inflação acumulada entre janeiro e outubro deste ano foi de 49,4%, segundo o Banco Central do país.

*Com informações da Agência Venezuelana de Notícias (AVN)

Edição: Marcos Chagas

Creative Commons - CC BY 3.0

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