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Casos de ébola na África Ocidental chegam a 408 com 215 mortes
Criado em 04/06/14 14h29
e atualizado em 04/06/14 14h53
Por Agência Lusa
Genebra, 04 jun (Lusa) – O vírus ébola teve 50 novos casos registrados, com 21 mortos, na África ocidental entre 29 de maio e 01 de junho, elevando para 408 o número total de doentes, 215 dos quais morreram, informou nesta quarta-feira (04) a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O comunicado registra entre 29 de maio e 01 de junho 37 novos casos de infeção e 21 novas mortes na Guiné Conacri país que deflagrou a atual epidemia de ébola em janeiro.
O número cumulativo de casos atribuíveis à doença na Guiné Conacri era, em 1º de junho, de 328 (193 confirmados, 80 prováveis, e 55 suspeitos) incluindo 208 mortos.>Outras 604 pessoas estão a ser monitoradas no país por terem tido contato com doentes, acrescenta a OMS.
Em Serra Leoa, 13 novos casos (três confirmados e 10 suspeitos) foram registados no período de 29 de maio a 01 de junho, durante o qual não houve informação de mortes. O total de casos no país aumentou assim para 79 (18 confirmados, três prováveis, e 58 suspeitos), incluindo seis mortos.
Nesta quarta-feira a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras anunciou que desde o fim de maio informações preliminares recebidas do ministério da Saúde da Serra Leoa apontam para mais quatro mortos, em Koindu, no distrito oriental de Kailahun, situado perto da fronteira com a Guiné Conacri.
Na Libéria registou-se um caso suspeito que acabou por morrer, estando em investigação o número total de casos.
A OMS continua a apoiar as medidas preventivas e de controle nos países afetados pela epidemia de ébola, mas não recomenda quaisquer restrições às viagens para a Guiné Conacri, Libéria ou Serra Leoa.
O vírus do Ébola provoca uma febre hemorrágica caracterizada por vômitos, diarreia, dores musculares e, em casos graves, a falência de órgãos e hemorragia interna incontrolável.
Pode ser transmitido pelo sangue e outros fluidos corporais, bem como através do manuseio de cadáveres de animais infectados ou contaminados, conhecidos como transmissores da doença.
O aparecimento da doença foi descrito pela OMS como um dos mais desafiadores desde a descoberta do vírus em 1976 no então Zaire, atual República Democrática do Congo.
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