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Macri é eleito presidente da Argentina

Imagem: Télam

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Macri anuncia nome da futura chanceler da Argentina

Criado em 24/11/15 20h28 e atualizado em 24/11/15 21h05
Por Monica Yanakiew Edição:Aécio Amado Fonte:Agência Brasil

O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, anunciou hoje (24) o nome Susana Malcorra, que desde 2012 é chefe de gabinete do secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, para ser a chanceler da Argentina no seu futuro governo. Ela vai substituir o atual chanceler, Hector Timerman, no próximo dia 10 de dezembro, quando Macri tomar posse. Onze dias depois, Susana participará da primeira cúpula do Mercosul do novo governo, que ocorrerá no Paraguai.

Antes de ser nomeada chefe de gabinete de Ban Ki-moon, Susana Malcorra dirigiu o Departamento de Suporte de Campo da ONU, conduzindo o apoio logístico a trinta missões de paz da organização em diversas partes do mundo, mobilizando 120 mil militares, policiais e civis. Ela também desempenhou cargos importantes no Programa Mundial de Alimentos da ONU, monitorando operações humanitárias e de emergência.

Susana vem do setor privado. Ela trabalhou durante 25 anos para as empresas IBM e Telecom, na Argentina, antes de iniciar sua carreira na ONU em 2004. Nas redes sociais, Macri descreveu a futura chanceler como uma mulher “inteligente, vigorosa e sábia”, “que compreende, em detalhe, a agenda internacional que hoje move o mundo”.  Segundo Macri, a escolha de Susana foi movida pela sua decisão de promover uma maior integração da Argentina no mundo.

Macri também anunciou hoje duas medidas que pretende adotar – e que pode repercutir dentro e fora da Argentina. Ele quer invocar a cláusula democrática do Mercosul para sancionar a Venezuela pelos “abusos cometidos, como perseguições a opositores e ações contra a liberdade de expressão”. O presidente eleito também quer revogar o Memorando de Entendimento assinado pelo atual governo com o Irã, que previa a criação de uma Comissão da Verdade, para investigar o atentado ao centro comunitário judeu Amia, em 1994.

O maior ataque terrorista da história argentina causou 85 mortes e feriu centenas de pessoas. A justiça argentina suspeita que a explosão tenha sido planejada pelo Irã. A pedido do promotor Alberto Nisman, a cargo das investigações, a Interpol emitiu alertas vermelhos para cinco ex-funcionários do governo iraniano, que os argentinos querem interrogar para fechar o caso.

O Irã nunca aceitou colaborar, até 2013, quando negociou com a presidenta Cristina Kirchner um acordo que permitiria à Justiça argentina interrogar os suspeitos em Teerã – desde que eles aceitassem. O memorando foi criticado pela comunidade judia local (a maior da América Latina) e internacional, pela oposição e pelo próprio Nisman, que acusou a presidenta Cristina Kirchner de querer acobertar os responsáveis pelo atentado.

Em janeiro de 2014, horas antes de comparecer ao Congresso para justificar a sua acusação, Nisman foi encontrado morto em seu apartamento, em Buenos Aires. Quase um ano depois, a morte dele ainda não foi esclarecida. Para revogar o acordo aprovado pelo Congresso argentino, Macri vai precisar do apoio do Legislativo, mas não tem maioria nas duas Casas.

Macri vai precisar também de consenso no Mercosul para invocar a cláusula democrática, que prevê sanções comerciais e a suspensão do país-membro que romper a “ordem democrática”. Até o momento, Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai não tinham pensado em punir a Venezuela pela prisão de políticos oposicionistas. O assunto deverá ser tratado no próximo dia 21 de dezembro, durante a reunião de cúpula no Paraguai.

Creative Commons - CC BY 3.0

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