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Alison e Emanuel: força e experiência nos Jogos
Criado em 26/07/12 15h44
e atualizado em 26/07/12 20h40
Por Moreno Bastos
Fonte:Especial para EBC na Rede
Emanuel Rego chega a Londres para sua quinta Olimpíada, o mesmo número de vezes que seu esporte - o vôlei de praia - marcou presença nos Jogos Olímpicos. Ouro em Atenas 2004 e bronze em Pequim 2008, o brasileiro, aos 39 anos, vai para Arena Olímpica de Saint James Park com o parceiro Alisson, com quem sagrou-se campeão mundial em 2011.
A parceria formada há três anos é apontada em Londres como uma das grandes favoritas ao ouro. Mas Emanuel prefere não alimentar a expectativa dos especialistas, apesar demonstrar otimismo ao analisar o seu atual momento e o da equipe.
“A experiência traz tranquilidade. No vôlei de praia sempre há dificuldades e já consigo prever quais serão nesse torneio. Mas também já sei mais ou menos formas de passar por elas. Sinto que estou mais tranquilo, confio no trabalho e confio no Alisson”, explica o veterano.
Com maior número de títulos no circuito mundial (11), Emanuel comenta a estreia do companheiro de equipe, 12 anos mais jovem, em Olimpíadas. “Vejo que o Alisson é muito mais preparado do que eu era em minha primeira Olimpíada. Tinha 23 anos em 1996 e não havia essa estrutura de treinamento que o COB deu pra gente agora. Nem sabíamos como treinar”, lembra.
Ansioso pela estreia, Alisson deixa o nervosismo de lado. Além da experiência de Emanuel, ele cita o planejamento feito pela equipe, atuante dentro e fora das quadras de areia. “A ansiedade existe. Mas o Emanuel está tranquilo e nos treinos vemos que estamos no caminho certo. Continuamos evoluindo".
Por trás do sucesso da dupla está a treinadora Letícia Pessoa, que também já treinou as medalhistas de prata olímpica Adriana Behar e Shelda.
Rivalidade Brasil x EUA
Grandes potências do vôlei de praia, Brasil e Estados Unidos podem protagonizar, mais uma vez, grandes partidas em Jogos Olímpicos. Emanuel não esconde a vontade em encontrar a dupla Todd Rogers e Phil Dalhausser, atuais campeões olímpicos pelo caminho. A rivalidade, no entanto, é produtiva, segundo o brasileiro.
“As escolas do Brasil e dos Estados Unidos do vôlei de praia continuam ensinando o mundo como se jogar. Estão uns 10 anos à frente em estrutura, estratégias e, até mesmo, na parte psicológica. É por isso que, a cada ano, eu acredito ainda mais que nossos adversários são nossa forma de evolução. Ano passado jogamos muito contra eles (Rogers/Dalhausser) e foram eles que fizeram o nosso time crescer. Sempre será uma rivalidade produtiva aos dois países.”
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