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Londres: as dificuldades para se tornar uma capital Olímpica

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Londres: as dificuldades para se tornar uma capital Olímpica

Criado em 27/07/12 09h33 e atualizado em 27/07/12 09h53
Por Bernardo Medeiros Fonte:Especial para a EBC

Placa com indicação de mudanças de trânsito
As linhas olímpicas, criadas para conduzir as delegações, desagradaram muitos motoristas (Bernardo Medeiros)

“Um verão como nenhum outro”. O slogan divulgado pela prefeitura de Londres começará a fazer mais sentido nesta sexta-feira (27), quando a cidade cosmopolita terá sua imagem exposta para todo o planeta. E a partir do momento em que for acesa a pira no estádio Olímpico, a capital do Reino Unido se tornará também a capital do esporte mundial.

Mas o caminho para sediar os Jogos Olímpicos não foi fácil. As críticas vieram de vários setores da sociedade. O valor orçado em 2,4 bilhões de libras antes da eleição da cidade saltou para 9,3 bilhões. Greves pipocaram por setor público. Até a última quarta-feira (25), por exemplo, funcionários da imigração ameaçavam cruzar os braços um dia antes da abertura dos Jogos.

Nada, contudo, repercutiu tão negativamente como a segurança. A empresa terceirizada G4S, responsável pelo Parque Olímpico, admitiu no início do mês não ter um efetivo suficiente, o que forçou o exército britânico a recrutar mais 3,5 mil homens. Com isso, um contingente de 17 mil, mais do que a tropa enviada à guerra do Afeganistão, passou a trabalhar no evento , além de 10 mil policiais.

Mas, passados sete anos da eleição da cidade-sede, a transformação é evidente. A região de Stratford, que sofria com a carência de investimentos públicos, ganhou um projeto de revitalização com a construção do Parque Olímpico. Com 10 linhas de metrô e trem, capazes de transportar 240 mil pessoas por hora, o ponto da cidade se tornou uma conexão da zona leste londrina com o restante da cidade. Hotéis, shoppings e empresas também se instalaram no local, com incentivos do governo.

O restante da cidade também se adaptou ao evento. Porém, nem tudo parece surtir  o efeito esperado. Para tentar amenizar o já carregado trânsito londrino, linhas olímpicas foram criadas para conduzir as delegações, o que desagradou muitos motoristas. O governo pediu paciência, mas adiantou: serão como 17 dias de réveillon na cidade. Em bom português: as linhas de metrô já estão superlotadas e o trânsito pelas vias caótico.

As delegações dos 204 países participantes dos Jogos somam 10,5 mil atletas. São ainda sete mil jornalistas cadastrados para a cobertura. Além, claro, de um milhão a mais de turista na cidade, que no ano passado recebeu quase 16 milhões de visitantes. E esse contingente acabou por atrapalhar a pontualidade do transporte londrino. Desde segunda-feira (23) , atrasos já são constantes.

Os problemas serão deixados de lado nesta sexta-feira à noite. No dia 12 de agosto, quando o prefeito Boris Johnson entregar a bandeira dos Jogos a Eduardo Paes, o Rio de Janeiro passa a ser o foco. A cidade maravilhosa já se apronta para o mega-evento, mas ainda há muito trabalho pela frente.

Creative Commons - CC BY 3.0

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