Classificação funcional garante competição em igualdade de condições

Criado em 29/08/12 15h26 e atualizado em 29/08/12 15h52
Por Nathália Mendes (com informações de Eurico Tavares) Fonte:EBC

Final dos 1500m T54 na China, em 2008: classificação funcional serve como fator de nivelamento das capacidades física e competitiva (Foto: London 2012/Divulgação)

A prática paralímpica apresenta mais subdivisões que a divisão por gênero – masculino ou feminino – ou por categoria, como acontece no boxe e judô, por exemplo. A classificação funcional, um dispositivo que existe para assegurar que um atleta ou uma equipe possa competir em condições de igualdade com os demais, uma vez que cada esporte dos Jogos Paralímpicos requer diferentes habilidades e competências.

A classificação funcional impede a competição de um atleta com grau de deficiência mais acentuado que o outro, e faz o nivelamento das capacidades física e competitiva, particulares à cada esporte. A partir dela, a vitória pode ser determinada pelos critérios como habilidade, aptidão, poder, resistência tática e concentração mental, e não por qualquer vantagem física.

Existe uma equipe nomeada pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC) para avaliar qual é a categoria que cada atleta pode competir. Estes classificadores avaliam o grau de deficiência do atleta e qual é o impacto em sua capacidade funcional no campo de jogo, de acordo com as regras de classificação já estabelecidas.

Veja como funciona a classificação funcional no atletismo, por exemplo:

Provas de campo (arremessos, lançamentos e saltos)
OBS: o F que precede o número remete à inicial da palavra field (campo, em inglês)

F11 a F13 – deficientes visuais
F20 – deficientes mentais
F31 a F38 – paralisados cerebrais, sendo as categorias 31 a 34 para cadeirantes e 35 a 38 para ambulantes
F40 – anões
F41 a F46 – amputados e outros (les autres)
F51 a F58 –competem em cadeiras (pessoas com sequelas de Poliomielite, lesões medulares e amputações)

Provas de pista (corridas de velocidade e fundo)
OBS: o T que precede o número remete à inicial da palavra track (pista, em inglês)

T11 a T13 – deficientes visuais
T20 – deficientes intelectuais
T31 a T38 – paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes e 35 a 38 para ambulantes) T41 a T46 – amputados e outros (les autres)
T51 a T54 – competem em cadeiras (sequelas de poliomielite, lesões medulares e amputações)

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