one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


No plenário do Senado, os senadores Ronaldo Caiado, Cássio Cunha Lima, José Agripino, em pronunciamento, e Aécio Neves

Imagem:

Compartilhar:

Viagem de parlamentares à Venezuela dominou debates no Senado

Criado em 20/06/15 16h46 e atualizado em 20/06/15 17h02
Por Mariana Jungmann Edição:Marcos Chagas Fonte:Agência Brasil

A polêmica sobre a ida da comissão de parlamentares à Venezuela dominou os debates no Senado Federal durante a semana. Os senadores se queixaram, no início da semana, sobre a rejeição do governo venezuelano ao pedido dos brasileiros para que o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pousasse em Caracas com a missão oficial que checaria denúncias de violações democráticas no país.

Na terça-feira (16), o ministro da Defesa, Jaques Wagner, foi pessoalmente levar ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a notícia de que o vôo tinha sido autorizado. Segundo Wagner, não houve rejeição, apenas demora do governo venezuelano em responder autorizando o voo. O ministro acrescentou que o comunicado da Venezuela informava que os senadores brasileiros teriam a circulação garantida no país.

Na quinta-feira (18), a comissão embarcou para Caracas, mas um novo episódio de crise diplomática ocorreu. Ao sair do aeroporto, a van com os senadores foi alvo de protesto de manifestantes pró-governo. O grupo foi hostilizado e teve o veículo chutado e apedrejado pelos manifestantes. O presidente do Senado cobrou uma “postura altiva” do governo federal em relação ao caso e o Itamaraty emitiu nota na qual lamentou o ocorrido.

Os senadores retornaram ao Brasil na madrugada de sexta-feira (19) e, pela manhã, concederam entrevista na qual acusaram o governo brasileiro de ser omisso em relação à falta de democracia na Venezuela e de ter “armado uma armadilha” junto com o governo local para que eles passassem pelo constrangimento. Os parlamentares anunciaram que vão entrar com uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), no Supremo Tribunal Federal, para que o governo brasileiro seja obrigado a se posicionar contra os atos repressores da Venezuela com base na cláusula democrática do Mercosul.

Também na última semana houve grande expectativa no Senado sobre a decisão que seria tomada pelo governo em relação à sanção da Medida Provisória (MP) 664. No texto, foi incluído o artigo que mudava a fórmula de cálculo do fator previdenciário. Na quarta-feira (17), após visita de vários ministros a Renan Calheiros, o governo optou por vetar o artigo e enviar nova MP tratando do assunto.

A nova MP retomará a proposta aprovada anteriormente que estabelece a regra 85/95 para o fator, mas introduz a regra da progressividade, baseada na mudança de expectativa de vida. O escalonamento proposto pelo governo prevê que a fórmula seja mantida inicialmente e, com a progressividade, atinja a proporção 90/100, em 2022.

O novo texto foi criticado pelos senadores do PT, Walter Pinheiro (BA) e Paulo Paim (RS), que pediram a devolução da matéria e a derrubada do veto presidencial à MP 664. O presidente Renan Calheiros, contudo, considerou que a medida provisória representa um “avanço” e poderá ser “melhorado” pelo Congresso.

Na pauta do plenário, os senadores aprovaram o projeto de lei que torna hediondo o assassinato de servidores de segurança pública quando estiverem no exercício da função ou em razão de sua atividade profissional. As penas foram agravadas para esses casos. Também foi aprovada a urgência para o projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP), com substitutivo do senador José Pimentel (PT-CE), que estabelece o aumento de três para oito anos a pena máxima para menores de idade que cometerem crimes hediondos. O texto deve ser discutido na próxima semana.

 

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário