Pedido de asilo a Snowden no Brasil será entregue à Dilma em fevereiro

Criado em 24/01/14 20h31 e atualizado em 25/01/14 11h39
Por Renata Martins Fonte:Portal EBC

David Miranda, coordenador da campanha para que o Brasil conceda asilo a Edward Snowden declarou nesta sexta-feira (24), que uma petição de pedido de asilo ao ex-técnico da NSA, Edward Snowden, será entregue à presidenta Dilma Rousseff após o retorno das atividades do Congresso Nacional, em fevereiro.

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A declaração do companheiro do jornalista Glenn Greenwald, que denunciou vigilância da NSA, foi dada no Conexões Globais, durante o debate Soberania Digital e Vigilância na Era da Internet. Uma proposta de “asilo coletivo” concedido pela União de Nações Sul-Americanas (Unasul) foi defendida por participantes e palestrantes.

David Miranda também falou sobre documentos não revelados:

 

A petição, chamada de “Um lar para Snowden”, já recolheu mais de 885 mil assinaturas e é endereçada à presidenta Dilma Rousseff e ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Miranda defende que o ex-agente da NSA pode ajudar o Brasil. “Ele pode ajudar a explicar como o processo é feito”, diz. Em agosto de 2013 foi detido e tratado como terrorista por autoridades britânicas. À época, ele levava na bagagem documentos ligados a Snowden.

As denúncias do analista de informação dos EUA Edward Snowden, também foram pano de fundo para um intenso debate sobre vigilância e mecanismos de proteção na rede. “Em 2013 cerca de 800 pessoas foram mortas por drones (veículo aéreo não tripulado) que rastrearam os programas de georreferenciamento, como o GPS, que os próprios alvos usavam”, denuncia o professor Sergio Amadeu, um dos participantes da mesa de debates.

Durante o debate, Amadeu sugeriu o uso massivo de dados criptografados para inviabilizar a vigilância norte-americana. Demi Getschko, um dos criadores do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), aponta que não há solução técnica para resolver a questão do controle da internet, mas algumas medidas podem dificultar a espionagem. “Temos que ter mais cuidado ao expor nossos dados na internet”, diz.

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