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Embrapa inaugura novas instalações do Banco de Germoplasma. Os germoplasmas são qualquer estrutura de um organismo vivo que possa dar origem a exemplares da mesma espécie, como sementes

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Embrapa completa 41 anos e inaugura maior banco genético da América Latina

Criado em 24/04/14 18h53 e atualizado em 24/04/14 19h15
Por Andreia Verdélio Edição:Stênio Ribeiro Fonte:Agência Brasil

Embrapa inagura novas instalações do Banco de Germoplasma
Embrapa inaugura novas instalações do Banco de Germoplasma. Os germoplasmas são qualquer estrutura de um organismo vivo que possa dar origem a exemplares da mesma espécie, como sementes (Wilson Dias/Agência Brasil)

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) inaugurou hoje (24) o maior banco de recursos genéticos da América Latina, no dia em que a empresa celebra 41 anos de existência. O novo prédio vai reunir as coleções de plantas, animais e microrganismos da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília, que objetiva principalmente garantir a segurança alimentar da população.

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A coleção de base faz, prioritariamente, o trabalho de conservação do material dos bancos ativos de outras unidades da empresa, nas quais é feito o trabalho de campo, que consiste em testar e pesquisar as propriedades, fazer o manejo dos recursos genéticos e multiplicar as amostras a serem enviadas para bancos internacionais, pesquisadores e empresas solicitantes.

O antigo banco genético da Embrapa possui mais de 124 mil amostras de sementes e capacidade para guardar até 250 mil. A nova estrutura triplica a capacidade, para 750 mil amostras, e coloca o Brasil entre os três países com as maiores coleções genéticas do mundo, atrás dos Estados Unidos e da China.

O presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, explica que os recursos genéticos estão na base do desenvolvimento da agricultura, e a empresa atua com pesquisas na área desde o seu início. “O trabalho de coleta, conservação, agregação de valor e uso de recursos genéticos é que permitiu o grande salto da nossa agropecuária nos últimos 40 anos”, disse ele, e adiantou que grande parte do que cultivamos hoje tem origem externa, como a soja (da China), a cana-de-açúcar (da Índia) e o milho (do México) , e ressaltou que o trabalho da Embrapa tem sido fundamental no fortalecimento dessas culturas.

Para Lopes, é uma questão quase que de segurança nacional, “ainda mais levando em conta os desafios que nós teremos nos próximos anos, relacionados a mudanças climáticas que vão levar a uma intensificação de estresses, como mais calor ou mais enchentes. Vamos precisar fazer um grande esforço de melhoramento dos nossos cultivos, das nossas criações animais, para conseguirmos fazer frente a esses desafios, que estão no horizonte”, disse ele.

O chefe-geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Mauro Carneiro, conta que, além do armazenamento, a unidade também trabalha com o melhoramento preventivo, que antecipa as pragas que podem atacar determinadas culturas. “Sabemos que tem algumas pragas de arroz, soja e feijão que podem entrar no país a qualquer momento, imagine você o desastre que pode acontecer nessas culturas, para a economia e tudo mais. Então, já trabalhamos no melhoramento preventivo, e quando as pragas entrarem já teremos material pronto para fazer face a esses problemas”.

A nova estrutura, de 2.000 metros quadrados, custou R$ 13 milhões, grande parte viabilizados por meio de emendas parlamentares. Além das câmaras para sementes a -20 graus centígrados, o espaço possui laboratórios, câmaras de conservação de plantas in vitro, botijões de nitrogênio líquido e bancos de DNA (sigla em inglês para ácido desoxirribonucleico) para conservação de animais e microrganismos.

Carneiro dá como exemplo a recuperação, em 1995, das sementes primitivas de milho e amendoim dos índios krahôs, no Tocantins, que não se adaptaram ao cultivo do milho híbrido comercial e já não possuíam mais a variedade local. “E, no caso dos indígenas, a agricultura está muito ligada aos seus ritos e festividades. Eles perceberam que estavam perdendo suas culturas, até que um pagé lembrou que a Embrapa pegara aquelas sementes e disse que as guardaria. Então, nós demos a ele um pouco desse material, que ele plantou, colheu e trouxe de volta mais amostras”.

Além da nova estrutura física, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia lançou novo sistema de informação, chamado Alelo, para facilitar a consulta e intercâmbio de informações. Basta acessar o site http://alelo.cenargen.embrapa.br na internet.

Durante as comemorações de seus 41 anos, a Embrapa também lançou novo portal na internet [https://www.embrapa.br/home] e o documento Visão 2014-2034: O Futuro do Desenvolvimento Tecnológico da Agricultura Brasileira [https://www.embrapa.br/agropensa/documento-visao]. O material é fruto do Agropensa, um sistema lançado em 2013, que projeta tendências para a agropecuária e contribui para o aperfeiçoamento do sistema de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

 

Editor: Stênio Ribeiro

Creative Commons - CC BY 3.0

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