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Cerca de 400 médicos de todo o Brasil se reúnem no Senado para debater algumas das principais questões que envolvem o exercício da Medicina e a qualidade da assistência na saúde

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Entidades criticam contratação de médicos estrangeiros para trabalhar no Brasil

Criado em 22/06/13 17h54 e atualizado em 22/06/13 18h49
Por Pedro Peduzzi Edição:José Romildo Fonte:Agência Brasil

Médicos participam de encontro de associações
Entidades são contrárias à intenção do governo de trazer médicos estrangeiros para atuarem em regiões carentes do país (Foto: Antonio Cruz/ABr)

Brasília – Em resposta ao pronunciamento feito ontem (21) pela presidenta Dilma Rousseff, diversas entidades ligadas à categoria de médicos do país divulgaram hoje (22) nota onde criticam a intenção do governo em trazer médicos estrangeiros para atender a regiões carentes desses profissionais, localizadas no interior do país.

Na carta, dirigida à população brasileira, as entidades lembram que a presidenta foi “vítima de grave problema de saúde”, e que fez tratamentos em “centros de excelência do país e sob a supervisão de homens e mulheres capacitados em escolas médicas brasileiras”. E acrescenta: “O povo quer acesso ao mesmo [tipo de tratamento] e não quer ser tratado como cidadão de segunda categoria, tratado por médicos com formação duvidosa e em instalações precárias”.

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Durante o pronunciamento, a presidenta disse que, entre as medidas estudadas pelo governo, está a de “trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS [Sistema Único de Saúde]”.

Assinada pelas associações Médica Brasileira (AMB), Nacional de Médicos Residentes (ANMR), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), a carta diz que as entidades usarão “todos os mecanismos possíveis para barrar a decisão, inclusive na Justiça”.

Segundo as entidades, a “importação” de médicos simboliza uma “vergonha nacional”. De acordo com as entidades, a medida submeteria a parcela mais vulnerável da população “à ação de pessoas cujos conhecimentos e competências não foram devidamente comprovados”, escondendo “os reais problemas” que afetam o Sistema Único de Saúde (SUS).

Contatado pela Agência Brasil, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto d'Ávila, se disse decepcionado com o anúncio feito pela presidenta. “Ela tinha prometido, em audiência que tivemos, que não tomaria qualquer medida sem antes conversar com as entidades, e que instituiria, antes, um GT [grupo de trabalho] para discutir assunto”, disse o médico.

 

Edição: José Romildo

Creative Commons - CC BY 3.0

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