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Equador insiste em salvo conduto do Reino Unido para Assange
Criado em 02/10/12 21h20
e atualizado em 24/10/12 14h49
Por EBC
Fonte:Prensa Latina
O governo do Equador insistiu novamente nesta terça-feira (02) na necessidade de salvo conduto para o fundador do Wikileaks, Julian Assange, como a opção viável para resolver o caso em questão com Reino Unido e Suécia.
Tanto o presidente Rafael Correa como o chanceler Ricardo Patiño afirmaram em entrevistas no Peru, durante a 3º Cúpula entre Chefes de Estado da América do Sul e Países Árabes (Aspa), que em nenhum momento as autoridades equatorianas pensaram em suspender as investigações a Assange na Suécia por supostos crimes sexuais.
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Garantias
Durante coletiva em Lima, ambos expressaram disposição para que o jornalista australiano possa responder aos questionamentos da justiça Sueca. Correa afirmou que Assange corre risco caso seja deportado para os Estados Unidos. “Há senadores que querem acusá-lo com a lei de terrorismo que inclui pena de morte”, afirmou.
O presidente equatoriano ressaltou a iniciativa para que sejam oferecidas garantias de que ele não seja enviado ao território norte-americano caso viaje para Estocolmo para responder ao inquérito ou que o fiscal sueco viaje para Londres para tomar as declarações na embaixada equatoriana onde está Assange.
Correa negou que tenha se utilizado do caso com fins políticos ao conceder o asilo, muito menos com a intenção de ganhar popularidade. Ele explicou que conhece pessoalmente Assange e afirmou que o Equador atuou de acordo com a lei, apegado aos princípios e tradições de assegurar os direitos das pessoas.
Resposta
Patiño afirmou que o Equador enviará esta semana uma resposta à negativa do Reino Unido em autorizar o salvo conduto, na qual explicitará as razões para conceder a proteção ao cidadão australiano.
O chefe da diplomacia equatoriana afirmou que acredita chegar a um acordo com ambos países, embora o governo britânico tenha negado até o momento ao pedido equatoriano.
Asilo diplomático
Nos últimos dias Patiño presidiu um fórum nas Nações Unidas, denominado “O asilo diplomático fortalecendo o sistema internacional de direitos humanos”, onde afirmou que é justo e necessário o salvo conduto para Assange por parte do governo londrino.
Na ocasião ele afirmou que o líder do Wikileaks é um sujeito de direitos e seu país tem obrigações como Estado a protegê-lo, ao considerar que existem indícios de uma perseguição política após a publicação dos arquivos diplomáticos comprometedores para Washington.
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