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Conselho de Segurança exige retirada de grupo rebelde no Congo
Criado em 21/11/12 15h51
e atualizado em 21/11/12 16h17
Por Portal EBC
Fonte:ONU
O Conselho de Segurança da ONU condenou nesta terça-feira (20) as recentes ondas de ataque do movimento rebelde M23 na República Democrática do Congo (RDC) e exigiu que o grupo deixe Goma, capital da província do Kivu do Norte, no leste do país, informou a organização por meio de nota em seu site.
“Os avanços militares do M23 continuaram apesar das exigências do Conselho de Segurança, do Secretário-Geral, da União Africana e outros, incluindo países da região, para que o M23 cesse imediatamente seus ataques”, disse o porta-voz adjunto da ONU, Eduardo Del Buey .
Buey ressaltou que as tropas da Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO) "vão permanecer ativas em Goma para proteger os civis das ameaças iminentes".
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O comunicado da ONU informa que a Missão, com 19 mil membros, “foi obrigada a empregar helicópteros de combate em auxílio ao exército nacional, conhecido na sigla francesa por FARDC”.
O grupo rebelde, composto de soldados que se amotinaram do exército nacional da RDC em abril, tomou o controle de Goma nesta terça-feira (20). No último fim de semana, o grupo realizou ataques no Kivu do Norte que deslocaram mais de 60 mil civis.
Apoio externo
Relatórios da ONU afirmam que o M23 tem ferido civis, sequestrado mulheres e crianças, intimidado jornalistas e aqueles que tentam resistir ao seu controle no leste da RDC.
“Os documentos indicam que o movimento recebe apoio externo, por meio de tropas, conselhos táticos e equipamentos. As informações preocupam o Conselho de Segurança, que pediu o fim de qualquer apoio ao grupo”, diz o comunicado.
O Conselho solicitou ao Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, junto à Conferência Internacional sobre as Regiões dos Grandes Lagos (CIRGL) e da União Africana, informes sobre as alegações do apoio externo ao M23 e também expressou estar de prontidão para tomar medidas apropriadas com base nessas informações.
O também considera outras sanções específicas contra a liderança do M23 ou os que prestam apoio externo ao grupo e contra as pessoas que atuam em violação do regime de sanções e do embargo de armas imposto pelo Conselho em relação à RDC.
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