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Angola condena escalada de violência no Congo
Criado em 21/11/12 14h36
e atualizado em 21/11/12 15h31
Por Agência Lusa
Luanda, 21 nov (Lusa) - O Governo angolano condenou nesta quarta-feira (21) a escalada de violência na República Democrática do Congo, considerando que o conflito no país coloca em risco a paz, a estabilidade e a segurança regionais.
Por meio de um comunicado o governo angolano diz que acompanha"com muita preocupação” a evolução da violência no Leste da República Democrática do Congo, onde os rebeldes do M23 consolidaram o controle da cidade de Goma.
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"O Governo de Angola considera que tais ações de natureza militar são incompatíveis com o princípio da resolução pacífica dos conflitos, tendo principalmente em conta que o Congo realizou recentemente eleições democráticas, cujos resultados foram reconhecidos por toda a comunidade internacional", diz o texto.
As autoridades angolanas condenam "com veemência a escalada de violência que se verifica no país vizinho, que coloca em perigo a paz, a estabilidade e a segurança regional, em particular na região dos Grandes Lagos, indispensáveis para se solucionarem os problemas de natureza social, política e econômica aí existentes".
O Governo angolano defende que a "soberania e integridade territorial" do país "devem ser respeitadas e preservadas" e apela ao Conselho de Paz e Segurança da União Africana e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para que "tomem as medidas apropriadas para pôr fim à investida belicista das forças rebeldes, de modo que se instaure um clima favorável à resolução dos alegados problemas que se encontram na base do atual conflito armado".
O comunicado do governo angolano surge no dia em que o presidente José Eduardo dos Santos recebeu em Luanda o embaixador Antoine Ghonda, enviado do presidente congolês, Joseph Kabila.
À saída da audiência com Eduardo dos Santos, Antoine Ghonda, disse à agência noticiosa Angop, que o encontro serviu para fazer falar sobre o conflito no Congo, particularmente na região leste. Explicou também que o Presidente Kabila pretende obter conselhos de José Eduardo dos Santos para encontrar uma solução para a atual crise.
“É uma rebelião sustentada por países vizinhos, Ruanda e Uganda, e, por isso, o Presidente Kabila está em Kampala, para conversar diretamente com os apoiantes da rebelião”, afirmou Antoine Ghonda.
Desde maio, a província do Kivu Norte, no oeste do Congo, próximo da fronteira com o Ruanda, é palco de confrontos entre o exército congolês e o movimento de soldados rebeldes M23.
O M23, formado por membros de um grupo rebelde de etnia tutsi, amotinou-se em abril depois do fracasso do acordo de paz de 2009 que previa sua integração no exército regular congolês.
A República Democrática do Congo e a ONU acusam Ruanda e Uganda de apoiarem os rebeldes. Ruanda desmente qualquer ligação com rebeldes do M23 e acusa o Congo de apoiar os rebeldes ruandeses.
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