one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Cientista político Emir Sader

Imagem:

Compartilhar:

Emir Sader descarta risco de insegurança ou caos na Venezuela pós-Chávez

Criado em 06/03/13 11h46 e atualizado em 06/03/13 12h09
Por Vitor Abdala Edição:Juliana Andrade Fonte:Agência Brasil

Emir Sader
Emir Sader descarta risco de insegurança ou caos na Venezuela pós-Chávez (Fabio Rodrigues Pozzebom / ABr)

Rio de Janeiro – O futuro presidente da Venezuela terá que ser escolhido por uma nova eleição, que ocorrerá nos próximos 30 dias. Apesar disso, o cientista político especialista em América Latina Emir Sader, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), não vê qualquer risco de “insegurança, incerteza ou caos” no país vizinho.

Sader aposta na eleição de Nicolás Maduro, o vice-presidente que assumiu interinamente o comando do país com a incapacitação e a consequente morte de Hugo Chávez. De acordo com o cientista político, o chavismo já havia demonstrado força nas eleições presidenciais, que reelegeram Chávez, e estaduais, que garantiram o comando de 20 dos 23 estados venezuelanos a aliados do ex-presidente. Ambas ocorreram no ano passado.

Leia também:

Venezuela terá eleições dentro de 30 dias, Maduro é presidente interino

Maduro convoca população a fazer homenagem a Chávez

Governo da Venezuela marca funeral de Chávez para sexta-feira

Líderes políticos latino-americanos e do Caribe lamentam morte de Chávez

O clima de comoção nacional após a morte de Chávez deve contribuir ainda mais para uma vitória de Maduro. “Claro que vai faltar o líder, o carisma e a capacidade de liderança popular. Mas ele [Maduro] será eleito e governará por seis anos. Portanto, haverá a maior continuidade possível”, disse Sader, ressaltando que não vê possibilidade de racha no comando do chavismo. “Nada indica [que haverá um racha no chavismo]. A decisão do Chávez foi muito clara sobre a continuidade.”

Governo de Chávez foi marcado por reforma do papel do Estado:

Creative Commons - CC BY 3.0 -

De acordo com Sader, o grande legado de Chávez foi ter reduzido a miséria no país. “A Venezuela era um caso escandaloso. Um país petroleiro, que tinha níveis de miséria brutais. Chávez conseguiu dar uma volta nisso e mudou a fisionomia social do país. Segundo, ele privilegiou a integração regional [da América Latina] e não com os Estados Unidos. Terceiro, ele recuperou a PDVSA [Petróleos de Venezuela], que era um empresa estatal, mas na prática, privatizada, para utilizá-la para políticas sociais e processos de solidariedade latino-americana”, disse.

No entanto, o cientista político diz que o presidente, que ficou quase 14 anos no poder, não conseguiu lidar com a violência. “É um problema da América Latina e que na Venezuela também é agudo. A questão da violência urbana fica pendente ainda para ser resolvido.”

Edição: Juliana Andrade

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário