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Músicos debatem possibilidades da produção independente
Criado em 23/08/13 12h49
e atualizado em 26/08/13 22h34
Por Leandro Melito
Fonte:Portal EBC
Fortaleza - Além das apresentações ao vivo que ocorrem diariamente, a Feira da Música em Fortaleza proporciona um ambiente de discussão e interação entre os músicos de diferentes regiões do país, que vão da simples troca de ideias a articulações para produção, distribuição e apresentação do trabalho das bandas em outros espaços.
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Um dos temas presentes em diferentes ambientes de discussão são as possibilidades para os músicos independentes. Caio Cartaxo, baixista da banda Astronauta Marinho [4], de Fortaleza, considera que existe hoje uma cena de música independente na capital do Ceará sob a ótica de um conjunto de iniciativas que está acontecendo em determinado momento, em determinado local. “Se a gente entender por cena o diálogo estabelecido entre grupos, entre iniciativas, existe, é crescente esse diálogo atualmente”.
Ele destaca a criação de circuitos e redes de colaboração como o principal caminho para os artistas independentes. “Hoje artista e produtor estão no mesmo nível e todo mundo tem que colaborar,. se não for assim a gente não vai sobreviver. Tudo tá muito duvidoso, “o qual vai ser”, eu acho que é colaboração ou morte”.
Gilherme Alves, bateirista da banda considera que o pior momento para os artistas já passou. “Não tinha banda, não tinha onde tocar, não tinha luthier, talvez tivesse, mas ninguém ficava sabendo que tinha, não funcionava. Hoje você consegue ver o show de algum artista local independente todo fim de semana, talvez mais, vendendo CD, viajando, o pessoal começando a sair da cidade, começando a se conhecer e fazendo evento juntos. Não esperando por parte dos realizadores, produtores com que aquilo aconteça, fazendo por si mesmo”.
Confira em vídeo a entrevista com os integrantes da banda:
Rayan, baterista do Zefirina Bomba [5], trio paraibano que está na ativa desde 2003 e já se apresentou em outras edições da Feira da Música, considera que as redes de colaboração tem possibilitado maior circulação dos músicos. “Existem algumas redes já estabelecidas para isso, como é o Fora do Eixo, mas existem outras redes e outras formas de fazer isso. Acho que a internet facilitou muito, pra todo mundo poder realmente utilizar dessa plataforma e circular mais”
Edy, baixista, que além do Zefirina toca em outras bandas, considera que a interação entre músicos de diferentes regiões é maior hoje. “Criam-se oportunidades em lugares onde antes não existiam círculos de produção. Hoje é possível circular com sua banda pelo Brasil inteiro, inclusive no interior dos estados, que pra mim, talvez seja a maior novidade”.
Confira a entrevista com os integrantes do Zefirina Bomba:
Ian Fonseca, vocalista e tecladista da banda Malbec [6], que lançou o novo videoclipe oficialmente nesta quinta-feira (25) no Estoril em Fortaleza e se apresenta nessa sexta, considera que a maior dificuldade do músico independente ganhar dinheiro suficiente para continuar fazendo música. “Pra entrar nessa engrenagem de começar de fato a ganhar dinheiro fazendo música, não há formula, não há regra. Então você tem que achar sua própria fórmula de fazer isso, como é que é o seu jeito de fazer dinheiro”.
Confira a entrevista com o vocalista da banda Malbec:
Ian particiou da rodada de negócios , um dos espaços da Feira da Música onde os artistas procuram orientação, para produção ou difusão dos seus trabalhos no mercado. Caique, de Maceió, integrante do Fora do Eixo, coletivo responsável pela produção da Feira da Música, participa pelo terceiro ano do evento e pela primeira vez atua orientando artistas sobre possibilidades do mercado musical.
Confira a entrevista com Caique:
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