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19/08/2014- Assunção- Paraguai- O ex-médico Roger Abdelmassih, 70 anos, foi preso nesta terça-feira (19) em Assunção, capital do Paraguai, de acordo com a Polícia Federal (PF).

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Vítima de Abdelmassih fala sobre manifestação contra liberdade do ex-médico

Criado em 28/08/14 08h32 e atualizado em 28/08/14 10h15
Por Portal EBC

Nesta quinta-feira (28), o programa Amazônia Brasileira entrevistou Vanuzia Leite Lopes, líder da Associação de Vítimas do ex-médico Roger Abdelmassih, especialista em reprodução humana, acusado de abusar sexualmente de mais de 60 ex-pacientes durante supostos procedimentos de fertilização, em 2009. Condenado a 278 anos de prisão, ele estava foragido da Justiça desde 2011, quando foi preso no Paraguai, na semana passada, pelo governo local com o apoio da Polícia Federal Brasileira.

Creative Commons - CC BY 3.0 -


Vanuzia e diversas associações de mulheres preparam uma manifestação com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para um detalhe que poderia colocar Abdelmassih em liberdade. “Os advogados dele, em 2012 mais ou menos, entraram com um recurso alegando que ele foi condenado sem provas”, explica. No entanto, ela afirma que ele é acusado por 39 mulheres vítimas e mais 30 mulheres que são testemunhas, elas não são vítimas na condenação porque o crime contra elas prescreveu. “Eu fiz exame de corpo de delito em 1993, mas o processo naquela época não foi levado em diante”, explica.

Durante o período em que ficou preso, antes de sua fuga, a defesa de Abdelmassih entrou com recurso pedindo a anulação do julgamento anterior no qual ele foi condenado a 278 anos de prisão e alegando que não há provas de que o ex-médico teria cometido tais crimes. O recurso tem prazo de 100 dias para vencer e, caso não seja julgado, a condenação poderia perder a validade.“É uma jogada de advogados”, completa. Para ela, o problema é o prazo para o julgamento do processo.

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A possível soltura de Roger assusta vítimas de seus crimes, já que o ex-médico é investigado por vários outros crimes e pode representar riscos. Além dos estupros, já existem investigações em curso sobre denúncias de diversas manipulações genéticas: ele teria misturado óvulos de mulheres inférteis com o de mulheres férteis, além de fazer o descarte de embriões, similar ao aborto, e até de misturar células-tronco de cavalo para “turbinar” os embriões, dentre outras investigações em curso.

“A partir do momento que ele entrou na cadeia a gente se sentiu em liberdade”, disse a vítima. Vanuzia alerta que o médico violentou, não só as mulheres, mas um núcleo familiar em seu momento mais sagrado, o que conceber um filho, “ele violentou o casal”, completa.

Vanuzia falou também sobre a manifestação que o grupo de vítimas no Facebook pretende montar para impedir que o benefício de prisão domiciliar ou de liberdade seja concedido ao ex-médico. Ela revela como o grupo na rede social ajudou na captura do criminoso. "Quando Gilmar Mendes deu o habbeas corpus pra ele, eu me senti novamente violentada, eu e outras vítimas. Porque nós já tínhamos sofrido a violência em si, há anos, e a exposição para condená-lo, fomos ameaçadas antes e durante a condenação", lamenta. 

Vanuzia fala, também, sobre a ação que deve ser impetrada por ela no Tribunal de Direitos Humanos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, responsável pelo habeas corpus concedido a Abdelmassih em 2009. Vanuzia alega sofrimento de todas as vítimas provocado pela liberdade do ex-médico e riscos à vida, devido a constantes ameaças que ela sofreu enquanto ele estava foragido.

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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