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Caxumba: entenda a doença que pode causar surdez e meningite

Criado em 10/02/15 10h26 e atualizado em 10/02/15 10h41
Por Bia Magalhães Fonte:Blog da Saúde

A caxumba é uma doença viral aguda, benigna, autolimitada, cujo agente etiológico tem tropismo por glândulas, principalmente as salivares, e sistema nervoso central (SNC). Seus primeiros sintomas são febre, calafrios, dores de cabeça, musculares e ao mastigar ou engolir, além de fraqueza. Uma das principais características da doença é o aumento das glândulas salivares próximas aos ouvidos, que fazem o rosto inchar. Sua transmissão ocorre pela tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas. Nos casos graves, a caxumba pode causar surdez, meningite e, raramente, levar à morte.

A parotidite é a manifestação mais comum da caxumba, ocorrendo em 30% a 40% das pessoas infectadas, e em 60% a 70% daquelas com manifestação clínica. O envolvimento do SNC é a manifestação extra-salivar mais frequente. Após a puberdade, pode causar inflamação e inchaço doloroso dos testículos (orquite) nos homens ou dos ovários (ooforite) nas mulheres e levar à esterilidade.

Aproximadamente 30% a 40% das infecções são assintomática. O período de transmissibilidade corresponde ao intervalo de um a dois dias antes de iniciar o edema das glândulas salivares até nove dias após seu início. Não há relato de óbitos relacionados à parotidite e, após a infecção, o paciente adquire imunidade de caráter permanente. Entretanto, sua ocorrência durante o primeiro trimestre da gestação pode ocasionar aborto espontâneo.

O tratamento não é específico, indicando-se apenas repouso, uso de medicamentos para aliviar a febre e dor local e observação cuidadosa quanto à possibilidade de aparecimento de complicações. No caso de orquite (inflamação nos testículos), o repouso e o uso de suspensório escrotal são fundamentais para o alívio da dor. Nos casos que cursam com meningite asséptica e encefalites o tratamento também é sintomático, conforme orientação médica.

A vacina tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba) está indicada antes da exposição ao vírus e deve ser administrada aos 12 meses de idade e 2ª dose, exclusivamente, aos 15 meses de idade com a vacina tetra viral, para as crianças que já tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação (link http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197-secretaria-svs/13600-calendario-nacional-de-vacinacao). A administração da vacina é contraindicada em casos de uso recente de imunoglobulinas, ou de transfusão sanguínea nos últimos 3 meses, imunodeficiência (leucemia e linfoma), uso de corticosteróide e gravidez. Pacientes com infecção sintomática HIV, mas que não estejam severamente imunocomprometidos, devem ser vacinados após avaliação médica.

Creative Commons - CC BY 3.0

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