one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Mesmo protegidas por tapumes, pelo menos cinco agências bancárias foram invadidas e depredadas por manifestantes

Imagem:

Compartilhar:

No Rio, 84 pessoas são presas após confrontos em protesto

Criado em 16/10/13 20h46 e atualizado em 16/10/13 21h08
Por Vladimir Platonow Edição:Carolina Pimentel Fonte:Agência Brasil

Rio de Janeiro – A Polícia Civil divulgou nesta quarta-feira (16) balanço informando que 84 pessoas foram presas e apreendidas após confronto e atos de vandalismo ontem (15) no centro da cidade, depois da manifestação de professores e demais profissionais em defesa da educação. Alguns dos presos foram autuados por crimes como formação de quadrilha, dano ao patrimônio público, roubo, lesão corporal e incêndio e alguns enquadrados na lei que tipifica o crime organizado. Eles estão sendo levados para unidades prisionais, depois de terem feito exames de corpo de delito no Instituto Médico-Legal.

Leia também:

Trabalhadores sem terra bloqueiam estradas e fecham prédios públicos em Goiás

Conforme o balanço, do total, 20 menores de idade foram apreendidos. A Polícia Militar levou mais de 190 pessoas para as delegacias durante o protesto. A maioria foi ouvida e liberada.

“Nós olhamos esse grupo [de presos] como um bando, no conceito do Código Penal. Para a gente, minimamente há uma organização. A Polícia Civil não analisa a pessoa. Analisa o fato que é apresentado. O delegado tem autonomia, tem independência para olhar o fato. Se o delegado entendeu pela tipificação de quadrilha ou bando, ou corrupção de menores, ou pela lei de organização criminosa, ele teve convicção e elementos para isso. Claro que esse fato será submetido ao Ministério Público e ao Poder Judiciário”, disse a chefe da Polícia Civil do Rio, Martha Rocha, que divulgou o balanço.

Segundo a polícia, foram apreendidos com os manifestantes objetos, como facas, máscaras contra gás, luvas, latas de spray de tinta, pedras portuguesas e azulejos, além de bexigas de borracha com fezes e urina. Os tais objetos foram colocados em uma mesa durante a divulgação do balanço.

Martha Rocha não precisou a origem das facas – se estavam com várias pessoas ou se foram encontradas em algum lugar –  mas sustentou que os indiciamentos foram fundamentados e ressaltou que caberá ao Ministério Público e à Justiça a palavra final.

De acordo com a chefe da Polícia Civil, imagens, gravadas em diferentes momentos, de homens que aparecem disparando tiros em direção aos manifestantes e policiais militares fazendo uso de armas de fogo estão sendo analisadas e que os casos serão investigados. Um jovem foi baleado e precisou de atendimento hospitalar.

“Eu quero lembrar que a Polícia Civil tem agido e, em determinados casos, instaurado procedimentos por abuso de autoridade. Essas imagens, a exemplo de todos os fatos, serão examinadas pela Polícia Civil, que vai buscar a identidade dessas pessoas. Hoje mesmo deslocamos um delegado para ouvir uma pessoa que foi ferida [a bala]. Não haverá, por parte da Polícia Civil, qualquer tipo de ação que não seja buscar a identificação desse autores”, declarou a delegada.

Em nota, o secretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira, informou que telefonou para a delegada Martha Rocha e pediu prioridade na identificação dos autores dos disparos. "Além de fazer disparo para o alto ser crime, temos que apurar se esta ação tem alguma relação com o jovem que foi atingido", disse Zaqueu, na nota. 
 

Edição: Carolina Pimentel

 

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário