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Pilotos eram experientes e tinham histórias semelhantes
Criado em 14/08/14 19h14
e atualizado em 14/08/14 19h29
Por Luiz Claudio Ferreira
Fonte:Portal EBC
Os pilotos que comandavam a aeronave Cessna 560 XL (PR-AFA) tinham bastante em comum. Marcos Martins (comandante), de 42 anos, e Geraldo Magela Barbosa da Cunha (copiloto), de 44, nasceram em cidades do interior do Brasil, construíram carreira, amavam a profissão e eram bem ligados às famílias. Familiares, hoje, devastados pela “catástrofe”, tentam se consolar e realizam procedimentos para identificação dos corpos. Nos registros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ambos estavam com licença e habilitações válidas.
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A instituição emitiu uma notificação aos aeronavegantes (Notam), que é um documento para orientar as tripulações, sobre limitações de voo em determinadas áreas. “Este aviso não afirma que haveria um VANT voando no momento (do acidente)."
O piloto Geraldo Magela Barbosa da Cunha tinha 20 anos de carreira e mais de quatro mil horas de voo. Um percurso que ele iniciou aos 18 anos de idade, quando resolveu sair da cidade em que nasceu, Governador Valadares (MG), para tentar a vida nos Estados Unidos. Naquele país, conseguiu concretizar o sonho de vida: ser piloto de avião. “No primeiro voo, ele levou nossa mãe. Era um grande momento para ele e para toda a família”, recordou o irmão, Eduardo Cunha.
Magela era o caçula de três irmãos e tinha o cuidado de ligar diariamente para a mãe, hoje com 86 anos. “Ela viu pela TV e reconheceu a aeronave. Teve certeza de que era ele, infelizmente”. Geraldo era casado com Joseline Amaral da Cunha, que está grávida de sete meses. O casal tem um filho de quatro anos. A esposa e o garoto estavam nos Estados Unidos no dia do acidente.
Sofrimento
Marcos Martins, de 42 anos, nasceu em Cruzeiro do Oeste (PR) e se formou como piloto comercial no aeroclube de Londrina. “Pelos nossos registros, era um rapaz que foi ótimo aluno e apaixonado pela aviação”, disse Israel Douglas, diretor do aeroclube. A família dele, em Maringá, bastante abalada, tem pedido para não falar neste momento. “É tudo muito sofrido diante dessa catástrofe. A família está devastada”, afirmou a prima, Marli Vargas.
O piloto foi criado em Maringá, cidade em que o bisavô, Joaquim Fontes, foi pioneiro. Marcos Martins exercia a profissão há 15 anos e era casado com Flávia Vargas Martins, e deixou dois filhos.
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