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A presidenta da Petrobras, Graça Foster, atrelou o resultado negativo da companhia à depreciação do real em relação ao dólar

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Petrobras rebate suspeição de superfaturamento na rede de gasodutos Gasene

Criado em 07/01/15 17h59
Por Alana Gandra Edição:Marcos Chagas Fonte:Agência Brasil

 

Graça Foster, presidente da Petrobras
A presidenta da Petrobras, Graça Foster, atrelou o resultado negativo da companhia à depreciação do real em relação ao dólar (Foto: Tânia Rêgo/ABr)

A Petrobras assegurou hoje (7) que a rede de gasodutos Gasene, que liga o Sudeste ao Nordeste,  foi criada dentro dos parâmetros legais. Em nota, a empresa rebate  a matéria publicada na edição desta quarta-feira pelo jornal O Globo. A reportagem diz que a presidenta da empresa, Graça Foster, teria atuado diretamente no processo de implementação do Gasene. Segundo o jornal, auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União teria constatado preços superfaturados em mais de 1.800% em um dos principais trechos. 

A estatal rebateu as informações e qualificou de "pejorativo" o termo usado pelo jornal de “gasoduto suspeito” para o Gasene. O empreendimento foi construído segundo um modelo de negócio mundialmente utilizado, de projeto estruturado (project finance), acrescentou a empresa. A nota diz, ainda, que foi constituída a sociedade de propósito específico (SPE) Transportadora Gasene S/A, para implantar os trechos do gasoduto Gasac (Cacimbas-Catu) e Gascav (Cabiúnas-Vitória). A direção da Petrobras destacou que "não há nada de suspeito ou tampouco ilegal nesse negócio", uma vez que cumpriu a lei das sociedades anônimas e a existência da SPE constou nos balanços da Petrobras.

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A Transportadora Gasene S/A foi criada em 2005 pela área financeira da Petrobras. “Não se tratava de “empresa de fachada”, mas, sim, integrante de modelo de projeto estruturado. Esta SPE, decididamente, desde a sua origem, não foi uma “empresa de fachada”, defendeu a empresa.

Para a Petrobras, o modelo de negócio (SPE) “não é novidade” no país. A empresa ressaltou que desde a década de 1990 utiliza o modelo de SPE, como ocorreu com a Transportadora Gasene S/A, para o desenvolvimento de seus projetos de exploração e produção, refino e transporte de gás.

Entre os exemplos de SPE adotados, a Petrobras citou Marlim (1999), Cabiúnas (2000),  Albacora Petros (2001),  Pargo-Carapeba-Garoupa-Cherne-Congro (2002),  Projeto Urucu-Manaus (2004),  Mexilhão (2005) e Revap (2006).

 

A estatal informou que a presidenta da empresa,  Graça Foster, assumiu a Diretoria de Gás e Energia em 24 de setembro de 2007 e que, no dia 12 de dezembro daquele ano, foi encaminhado à diretoria executiva documento propondo  aprovação de parcerias para a Transportadora Gasene. A proposta foi assinada pelos diretores das áreas de  Serviços, Financeiro e Gás e Energia. “É atribuição da área de Gás e Energia participar da concepção de todos os gasodutos da Petrobras”, diz a nota.

A Petrobras negou que exista sobrepreço nas obras de construção do Gasene. “É   inverídica a afirmação de sobrepreço na construção do gasoduto. Muito pelo contrário, a contratação da construção dos gasodutos Gascac (Cacimbas-Catu) e Gascav (Cabiúnas-Vitória) foi feita por um valor 4,4% abaixo da estimativa orçada, utilizando-se um projeto básico robusto (ao contrário do mencionado nessa reportagem)".  Ainda segundo a estatal, o custo total foi 20% acima do valor contratado originalmente. As contratações para implantação da obra foram feitas pela Sinopec – estatal chinesa – que era contratada da Transportadora Gasene S/A.

A nota diz que o Gasene atende às normas internacionais. Segundo a estatal, o custo final da obra ficou em R$ 6,340  bilhões. O valor inclui as estações de compressão da rede de gasodutos. “Comparativamente, o gasoduto se enquadrou dentro da métrica internacional, ficando em US$ 59,20/metro.pol (indicador de custo de gasoduto), de acordo com dados da IPA (do nome em inglês Independent Project Analisys).

Editor: Marcos Chagas

Creative Commons - CC BY 3.0

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