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Milhares de manifestantes vão às ruas no Chile em protesto pela educação

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Milhares de estudantes protestam em defesa da educação pública no Chile

Criado em 27/09/12 15h00 e atualizado em 27/09/12 15h12
Por EBC Fonte:Prensa Latina

Milhares de manifestantes vão às ruas no Chile em protesto pela educação
Milhares de manifestantes vão às ruas no Chile em protesto pela educação (Foto: Fech)

Santiago – Milhares de estudantes, professores e representantes de outros setores sociais marcham hoje pelas ruas do Chile para reivindicar uma educação pública, gratuita e de qualidade. Segundo os estudantes 70 mil pessoas foram às ruas durante a mobilização, realizada nesta quinta-feira (27).

Poucos minutos após o início da manifestação, houveram incidentes com a polícia chilena, que utilizou jatos d'água e gases lacrimogênios contra os estudantes. Apesar disso a marcha transcorreu sem problemas e terminou com um ato cultural. Pelas redes sociais, os estudantes pediram que um ônibus abandonado no meio do trajeto fosse retirado do local.

Importantes organizações da juventude chilena uniram forças poucos dias antes de vencer o prazo para que o governo apresente ao Congresso sua proposta de orçamento para 2013. Segundo os líderes estudantis, a proposta do governo acarretará o fechamento de vários colégios públicos.
A marcha foi convocada pela Coordenação de Estudantes Secundários (Cones) e a Assembléia Coordenadora de Estudantes Secundários, que receberam o apoio da Confederação de Estudantes do Chile (Confech) e de outros movimentos sociais.

Antes da mobilização, o presidente da Confech, Gabriel Boric, expressou esperança de que os estudantes sejam levados em conta no debate da Lei do Orçamento e que o governo tenha “a decência” de dialogar com eles antes de enviar o projeto ao Parlamento.

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“Como movimento estudantil temos muito o que dizer a respeito e, portanto, esperamos ser considerados neste debate. Nós temos uma atitude propositiva, e seria inaceitável sermos ignorados já que somos nós que temos colocado esse tema em discussão”, afirmou Boric em entrevista com a rádio Cooperativa.

Outro dirigente da Confech, Noam Titelman, considerou que se realmente se pretende ter um sistema educacional mais justo, mais igualitário e que permita realmente o progresso social e econômico no país, é necessário que exista de uma vez por todas um verdadeiro orçamento para a educação pública. Segundo Titelman, todos os que se sentem desafiados a mudar o plano de fundo do sistema devem tomar as ruas “para mostrar ao nosso governo que a cidadania está aqui e que não sairemos enquanto se mantiver a injustiça desse sistema”.

Titelman, que é também presidente da Federação de Estudantes da Universidade Católica do Chile, lembrou que no país, 40% das matrículas são de colégios públicos, de modo que se não houver uma importante injeção de recursos no orçamento, o mais provável é que haja uma queda para 30%.A marcha nacional e a discussão do orçamento se realizam em um momento complexo, segundo o líder estudantil, "porque sabemos que há muitos colégios públicos que estão para ser fechados, e só não foram fechados ainda porque essa é uma medida tremendamente impopular, e todos sabemos que as eleições municipais se aproximam”, afirmou.

O porta-voz da Cones, Cristofer Sarabia, afirmou que as marchas se realizarão desde a região de Magallanes, no extremo Sul, até Arica e Parinacota, no Norte. Sarabia responsabilizou os políticos pelos danos à educação. “O único orçamento que nos contentaria é aquele que possibilite uma educação pública integral e que nós possamos deixar de sentir vergonha ao dizer que somos um dos países com a educação mais segregada do mundo”, disse o líder estudantil.

Creative Commons - CC BY 3.0

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