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Presidente colombiano critica posição das FARC em negociações

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Santos defende lei de terras e critica FARC

Criado em 19/10/12 18h00 e atualizado em 19/10/12 18h14
Por Télam

Presidente colombiano critica posição das FARC em negociações
Presidente colombiano critica posição das FARC em negociações

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos defendeu nesta sexta-feira (17) a lei adotada pelo seu governo para restituir as terras que foram tiradas dos camponeses e criticou o posicionamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) durante as negociações para o processo de paz.

 “Quando estes senhores das FARC dizem que esta lei é mentira é porque estamos tirando suas bandeiras de propaganda”, afirmou o presidente colombiano em seu programa Em linha com o presidente, na Rádio Nacional.

A fala foi a primeira referência pública feita por ele ao discurso do chefe negociador dos rebeldes, Ivan Márquez, durante a instalação da mesa de negociações em Oslo. O dirigente guerrilheiro considerou uma “armadilha” o plano de restituição ou alocação de terras para os campesinos deslocados no país. Márquez, segundo mandatário e portavoz internacional da guerrilha, incluiu em seu discurso críticas à Lei de Vítimas e Restituição de Terras, em vigência desde janeiro passado. Segundo ele, a lei “prioriza os vagabundos das multinacionais”

Lei de terras

Com essa lei, o governo de Santos busca entregar até 2014 pelo menos 2,5 milhões de hectares de terras, que foram tiradas aos deslocados do país, que segundo organizações não governamentais (ONG) somam 5,5 milhões desde 1985.

Além de considerara uma armadilha, porque levaria os campesinos a venderem suas propriedades o guerrilheiro afirmou que “a titulação de terras não é mais que a legalidade que pretende lavar a face ensanguentada do terrorismo de Estado”.

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“A guerrilha expulsou muitos agricultores e também vamos devolver a terra a eles”, retrucou  Santos. As propriedades são devolvidas mediante decisões judiciais e um processo administrativo aberto a partir da apresentação, perante a Unidade Nacional de Restituição, de solicitação por parte das vítimas. No período de vigência da lei, o órgão recebeu mais de 22 mil solicitações que dizem respeito a 1,69 milhões de hectares.

O Ministério da Agricultura, responsável pelo programa, assegurou que cerca de 8 mil destas reclamações, sobre cerca de 700 mil hectares, são de pessoas que se declaram vítimas das FARC. Segundo as Nações Unidas, a Colômbia é um dos países mais desiguais na distribuição da terra. Um informe  desse organismo revela que 52% das grandes propriedades estão em mãos de apenas 1,15% de seus habitantes. As FARC surgiram em 1964, como um grupo em defesa dos camponeses, contra os despejos massivos.

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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