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Número de mortos no Quênia sobe para 68
Criado em 22/09/13 17h40
e atualizado em 23/09/13 07h35
Por Agência Lusa
Nairobi - As forças de segurança quenianas lançaram hoje uma operação contra os islamitas entrincheirados num centro comercial de Nairobi com o objetivo de neutralizá-los "durante a noite". Na operação, encontraram mais corpos, elevando o balanço para 68 mortos. De acordo com a Cruz Vermelha, mais "nove corpos" foram encontrados durante a operação, lançada ao início da noite em Nairobi. Antes, a polícia tinha anunciado recear que o balanço das vítimas fosse mais elevado que os 59 já anunciados, já que as forças de segurança viram numerosos corpos caídos em vários locais do centro comercial ‘Westgate’, durante a intervenção."Alguns atacantes continuam armados, lançam granadas e disparam contra os polícias", indicou ainda fonte policial.
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De acordo com um militar queniano, as forças de segurança fracassaram, no primeiro assalto, a tentativa de neutralizar os islamitas, que detêm ainda um número indeterminado de reféns. Mas o centro queniano de gestão da crise disse esperar que o ataque termine "esta noite".
Mais de mil pessoas foram socorridas, desde sábado, no centro comercial de luxo, cheio de quenianos e estrangeiros. As autoridades quenianas afirmaram que ainda há de 10 a 15 pessoas do grupo Al-Shabab no interior do edifício.
Vários estrangeiros, incluindo dois franceses, três britânicos, um sul-africano, uma sul-coreana, uma holandesa, um peruano e dois indianos, morreram no ataque. Numerosos ocidentais, alvos privilegiados dos atacantes, estão entre os 175 feridos, de acordo com fontes oficiais.
O ataque aconteceu no sábado, no início da tarde, quando um comando islamita entrou no centro comercial, abrindo fogo com armas automáticas e granadas sobre a multidão de clientes e funcionários. Esse é o atentado mais mortífero, em Nairobi, desde o ataque suicida da Al-Qaida em agosto de 1998 contra a embaixada dos Estados Unidos, que causou mais de 200 mortos.
Interesses israelitas no Quênia - como alegadamente o ‘Westgate Mall’ - foram já alvos de ataques reivindicados pela Al-Qaida: em 2002, um atentado suicida perpetrado por três pessoas contra um hotel frequentado por turistas israelitas causou 15 mortos, perto de Mombaça. Quase ao mesmo tempo, um avião israelita, com 261 passageiros, escapou a dois mísseis, disparados quando levantava voo, também em Mombaça.
O ataque contra o ‘Westgate’ foi reivindicado no sábado à noite pelos rebeldes islamitas 'shebab' somalianos, aliados da Al-Qaida, como uma operação de represálias contra a intervenção de tropas quenianas na Somália.
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