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Atentado contra jornal é o pior da história da França: 12 mortos
Criado em 07/01/15 11h45
e atualizado em 07/01/15 12h07
Por Rádio França Internacional
Pelo menos 12 pessoas morreram, incluindo dois policiais e um jornalista, em um ataque nesta quarta-feira (7) à redação do jornal satírico francês Charlie Hebdo, no 11° distrito policial de Paris, perto da Praça da Bastilha. Dois homens encapuzados invadiram a sede do jornal às 11h30 no horário local (8h30 pelo horário de Brasília), armados com metralhadoras Kalachnikof e um lança-granadas. Seis pessoas feridas estão em estado grave, segundo o procurador-geral de Paris.
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O jornal Charlie Hebdo ficou conhecido por ter publicado caricaturas de Maomé, que ofenderam os fiéis muçulmanos e provocaram uma série de retaliações. Vincent Justin, um jornalista que trabalha no edifício, afirmou que os assassinos gritavam "vamos vingar o profeta". Dois veículos estavam esperando para ajudar na fuga dos dois criminosos. O jornal estava sob proteção policial especial, porque era considerado um alvo possível de atentados por extremistas. Na fuga, os criminosos atiraram contra um carro da polícia, bateram em veículos estacionados, mas conseguiram escapar em direção à zona norte da capital. Eles teriam abandonado os carros que deram apoio à ação e fugido, depois de sequestrar um motorista na região de Porte de Pantin.
O governou francês elevou o alerta contra atentados para o nível máximo em toda a região parisiense.
Hollande condena atentado terrorista
Este é o atentado mais grave da história da França em número de vítimas. O presidente francês, François Hollande, chegou rapidamente à sede do jornal. Muito emocionado, acompanhado da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e do ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, Hollande disse diante das câmeras de TV que não há dúvidas de que se trata de um atentado terrorista. O presidente denunciou "um ato bárbaro contra jornalistas que mostraram que podiam agir na França com liberdade". "A França está diante de um choque", acrescentou o chefe de Estado, garantindo que os autores do ataque serão perseguidos, detidos e julgados. Hollande não descartou novos ataques contra os franceses e pediu união nacional.
O presidente fará uma reunião de urgência do Conselho de Defesa às 14h, na presença de autoridades antiterroristas.
Incêndio em 2011
No início de novembro de 2011, dois dias antes do anúncio da publicação de uma edição batizada de "Charia Hebdo" com "Maomé como redator-chefe", a sede do jornal foi destruída por um incêndio. O local foi atacado durante a noite por um coquetel molotov. Não houve vítimas, mas o edifício ficou completamente destruído.
O site do jornal foi hackeado, com a publicação da imagem da grande mesquita de Meca e da frase "Allah é o único Deus".
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