one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Mulheres lutam pelo direito ao aborto

Imagem:

Compartilhar:

Feministas consideram avanço Conselho de Medicina apoiar direito ao aborto

Criado em 21/03/13 20h21 e atualizado em 21/03/13 20h45
Por Aline Leal Edição:Carolina Pimentel Fonte:Agência Brasil

Imagem - Mulheres lutam pelo direito ao aborto
Mulheres em manifestação pelo direito ao aborto. (foto: José Cruz / ABr)

Brasília - Movimentos feministas avaliaram como um avanço a manifestação do Conselho Federal de Medicina (CFM) em apoio ao direito da mulher de abortar até a 12ª semana de gestação. Para o Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), o aborto é uma realidade no Brasil e a legalização nestes termos diminuiria os riscos das mulheres se submeterem ao procedimento com métodos inseguros.

“A legalização impediria que as mulheres pobres, e principalmente pobres e negras, morressem por causa dos métodos clandestinos”, defende Jolúzia Batista, socióloga do Cfemea. Para ela, um pensamento conservador tomou força no Congresso Nacional com as bancadas religiosas, porém os debates sobre o assunto têm sido frutíferos. “Nosso desafio é fazer com que a opinião pública compreenda que essa demanda [pela legalização do aborto até a 12ª semana de gravidez] é fato, as mulheres abortam e essa é uma situação muito pesada no Brasil".

LEIA TAMBÉM:
- CNBB diz que defesa do aborto é "criar mentalidade de violência"
- Defendemos a autonomia da mulher, diz presidente do CFM

- CFM anuncia apoio ao direito de aborto até a 12ª semana de gestação
- Relator do novo Código Penal diz que decisão sobre aborto será no Congresso

Para Regina Jurkewicz, representante da organização Católicas pelo Direito de Decidir, a posição do CFM vem mostrar que defender o direito de abortar não é só “coisa de feministas”. “O fato de ser uma entidade representativa dos médicos tem um significado forte”, diz. Ela sustenta que a mulher que faz aborto deve ser acolhida, e não penalizada.

O CFM vai enviar à comissão do Senado que analisa a reforma do Código Penal um documento em que defende o direito da mulher de abortar até a 12ª semana de gestação. A proposta que tramita no Senado prevê a interrupção da gestação nas seguintes situações: quando houver risco à vida ou à saúde da gestante; se a gravidez resultar de violação da dignidade sexual ou do emprego não consentido de técnica de reprodução assistida; se for comprovada anencefalia ou anomalias graves e incuráveis no feto que inviabilizem a vida independente (quadro a ser atestado por dois médicos); ou por vontade da gestante, até a 12ª semana de gravidez.

Para a entidade, a proposta não irá descriminalizar o aborto. "A conclusão dos Conselhos de Medicina é de que com a aprovação desse projeto o crime de aborto continuará a existir, apenas serão criadas outras causas excludentes de ilicitude. Portanto, somente nas situações previstas no projeto em tramitação no Congresso que a interrupção da gestação não configurará crime", diz nota do conselho.

Atualmente, a legislação brasileira permite o aborto quando a gestação coloca em risco a vida da mãe e quando é resultado de violência sexual. Além dessas situações, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou que grávidas de fetos com anencefalia também podem interromper a gestação, mas a decisão não configura alteração do Código Penal.

Edição: Carolina Pimentel

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário