Estudantes chilenos protestam por mudanças no sistema educacional

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Milhares de estudantes chilenos protestam por mudanças no sistema educacional

Criado em 05/09/13 16h37 e atualizado em 05/09/13 16h52
Por Prensa Latina [2]

Estudantes chilenos protestam por mudanças no sistema educacional
Estudantes chilenos protestam por mudanças no modelo educacional (© Mario Ruiz / EPA / LUSA)

Milhares de estudantes saíram às ruas nesta quinta-feira (05) para exigir mudanças no modelo educacional do país que tem bases na época da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). Os jovens, tanto secundaristas quanto universitários, junto a familiares, professores e outros, partiram da praça Itália na capital chilena Santiago, com faixas e cartazes em que exigem que o Estado assuma a responsabilidade da educação no país.

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Nesta quarta-feira, os dirigentes estudantis fizeram um chamado aos estudantes para que cuidem da marcha para evitar desordens e o desvirtuamento da mobilização e chamaram os carabineros (polícia militar chilena) a proteger os estudantes em vez de reprimí-los.

Para o presidente da Federação de Estudantes do Chile, Andrés Fielbaum, “as mobilizações são as melhores ferramentas que temos para poder transformar o Chile”. Fielbaum ressaltou nesta quarta-feira (04) que estariam na manifestação “todos que querem construir um país que deixe para trás a herança de Pinochet”.

O presidente da Federação de Estudantes da Universidade Católica, Diego Vela, recordou que essa nova medida de pressão contra o governo de Sebastián Piñera ocorre quando só faltam cinco dias para o aniversário de 40 anos do golpe de Estado contra Salvador Allende.

“Uma data que fraturou um país e que impôs mediante a tortura e a matança de milhares de chilenos um modelo político, econômico e social que hoje em dia se evidencia nas consequências nefastas que causou”, enfatizou o líder estudantil. Vela chamou todos a “dar o passo" para romper com o legado da ditadura e solucionar as necessidades que tem o Chile.

Na véspera, os estudantes divulgaram um documento de 11 páginas com as demandas históricas do movimento estudantil e do movimento social chileno”. “Concebemos a educação como um direito social universal que deve ser garantido como tal pela construção política do Chile e estar liberado de todo interesse particular para orientar a satisfação do interesse geral, em vias de contribuir com o desenvolvimento social e econômico do país”, afirmou Vela.

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