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Chile: pesquisa aponta piora na imagem da ditadura Pinochet
Criado em 03/09/13 16h12
e atualizado em 03/09/13 17h19
Por Prensa Latina
A porcentagem de chilenos que responsabiliza o ditador Augusto Pinochet do golpe de Estado de 11 de setembro de 1973 aumentou para 41%, cerca do dobro de 10 anos atrás, segundo resultados de uma pesquisa divulgados nesta terça-feira (03).
A pesquisa, realizada pelo Centro de Estudos da Realidade Contemporânea (Cerc) aponta que apenas 9% dos cidadãos considera que foi o presidente Salvador Allende o causador do golpe, devido à medidas aplicadas por seu governo. O estudo divulgado nesta terça-feira mostrou que cerca de 26% dos cidadãos consultados escolheu a opção “não sabe / não responde”.
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Em outra das variáveis, 56% dos chilenos afirmaram que os 17 anos da ditadura militar foram ruins, 21% classificaram como regulares e apenas 8% avaliaram o período positivamente. Apenas 15% não quiseram responder.
“Houve uma piora da imagem de Pinochet (…) e se manteve o olhar negativo contra o regime”, opinou Carlos Huneeus, diretor da Cerc, ao avaliar os resultados do estudo, realizados às vésperas dos 40 anos do golpe de Estado.
Durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) mais de três mil pessoas foram assassinadas, mais de 1200 desaparecidas e mais de 100 mil torturadas.
Na opinião do juiz Juan Guzmán, que conseguiu processar Pinochet, ainda que não possa sentá-lo no banco dos réus, o número de pessoas torturadas pode ser muito maior, já que se deve considerar também a tortura que sofreram milhares de cidadãos cujos familiares foram maltratados, desaparecidos e assassinados. “É uma tortura indireta, mas também brutal, e a soma pode ultrapassar as 200 mil pessoas”, afirmou em entrevista recente à agência pública de notícias de Cuba, Prensa Latina.
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