Funcionários de hospitais federais mantêm a greve no Rio

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Governo Dilma foi desafiado por uma das maiores greves do funcionalismo

Criado em 11/12/12 09h42 e atualizado em 21/12/12 19h19
Por Davi de Castro Fonte:EBC

O segundo ano de governo da presidenta Dilma Rousseff foi desafiado por um forte movimento grevista [42] que atingiu as mais diversas categorias do funcionalismo público. A onda de paralisações teve início em 17 de maio com a adesão dos docentes e técnicos-administrativos das universidades e institutos federais de educação superior [43]. Aos poucos, outras categorias se somaram ao movimento por aumentos salariais e reestruturação de carreiras. Na lista, órgãos do Poder Executivo, Judiciário Federal e Ministério Público da União. Estimativa da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef) apontou que mais de 300 mil [44] servidores entraram em greve no país.

Na administração federal direta, indireta, autárquica e fundacional, cerca de 40 setores aderiram o movimento a partir da segunda quinzena de junho. As agências reguladoras suspenderam as atividades em julho. Já os servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União (MPU) decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado, apenas no início de agosto em vários estados (veja relação completa aqui [42]). 

Ouça reportagem da Radioagência sobre o início do movimento:

O governo federal sinalizava que não iria autorizar aumento [45] de gastos diante do cenário de crise financeira internacional. O Ministério do Planejamento calculou que, para atender todas as reivindicações, seria necessário desembolsar cerca de 92 bilhões de reais [46], um acréscimo de 50% da atual folha de pagamento.  Enquanto o órgão batia o pé de um lado, o movimento grevista se expandia de outro e intensificava as manifestações [47]. O impasse [48] se arrastou meses a fio. Enquanto isso, os efeitos da greve eram sentidos em hospitais [49], universidades [50], portos [51], aeroportos [52], estradas [53] e até na emissão de documentos, como carteiras de trabalho e passaportes [54].

Para conter o movimento, o governo ameaçou cortar o ponto de grevistas. Uma briga judicial [55] teve início e a administração federal levou a melhor. O STJ autorizou a medida e pelo menos 11 mil servidores [56] em greve ficaram com o pagamento comprometido. Eles só receberam os valores de volta depois de assinarem termo de reposição [57] dos dias não trabalhados. Veja reportagem:

As portas para negociação com as categorias paralisadas foram abertas [58] no final de julho. Os docentes foram os primeiros a entrar na rodada. Inicialmente, rejeitaram. Só no começo de agosto as universidades, pouco a pouco, concordaram com a proposta [59] de reajuste, que variava entre 25% e 40% pelos próximos três anos, e decidiram pôr fim ao movimento que durou mais de três meses. As demais categorias receberam proposta padronizada [60] de reajuste de 15,8% ao longo de três anos. Os manifestantes não ficaram satisfeitos, alegaram que o reajuste não recupera as perdas salariais sofridas ao longo dos últimos anos. O acordo só foi formalizado no fim de agosto, quando os servidores decidiram aceitar a proposta e encerraram uma das maiores greves [61] que o serviço público brasileiro já passou.

 

 

 

 



 

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