O 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad) revela ainda que 7% da população adulta já experimentou a droga em alguma fase da vida, o que equivale a 8 milhões de pessoas.

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Pesquisa aponta que 64% dos uruguaios reprovam legalização da maconha

Criado em 18/12/12 19h14 e atualizado em 18/12/12 19h26
Por Télam [2]

Mujica
José Pepe Mujica, presidente uruguaio. (Vãctot Santa Marãa / Creative Commons)

Uma pesquisa da empresa Cifra aponta que 64% dos uruguaios são contra a legalização da venda de maconha e de que o Estado se encarregue dessa tarefa, como prevê o projeto de lei do governo do presidente José Mujica, atualmente em debate no parlamento uruguaio.

A consulta revela também que 53% daqueles que se definem como eleitores da Frente Ampla, coalizão de esquerda que apóia o governo, também se opõem à iniciativa. De acordo com a pesquisa, apenas 26% da população apoiam o projeto oficial.

Os índices de reprovação chegam a 83% para o caso daqueles que se definem como simpatizantes do Partido Nacional e a 82% para os simpatizantes do Partido Colorado, ambos da oposição. No recorte por idade, estão contra o projeto 53% dos jovens entre 16 e 29 anos, 61% por cento dos adultos entre 30 e 44 anos, e 67% dos que tem entre 45 e 59 anos e 70% dos maiores de 60 anos.

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Projeto

O projeto da lei autoriza o Estado a assmir “o controle e a regulação das atividades de importação, exportação, plantação, cultivo, colheita, produção, aquisição, armazenamento, comercialização e distribuição de maconha e seus derivados”. O Instituto Nacional de Cannabis (INCA), que seria criado a partir da lei, seria encarregado de autorizar o cultivo e os locais de venda [3].

O projeto prevê habilitar o cultivo de até seis plantas de maconha com uma colheita máxima de 480 gramas anuais para uso doméstico, “destinado ao consumo pessoal ou compartilhado dentro de casa” e permite a instalação de clubes com até 15 sócios que poderão cultivar 90 plantas.

O expresidente Tabaré Váquez (2005-2010) também da Frente Ampla, antecessor de Mujica, apontado por analistas como o principal candidato a presidência em 2014, expressou suas dúvidas sobre o plano do atual governo. “O consumo de maconha é tão ou mais nocivo que o tabaco e os países que a legalizaram estão repensando essa situação”, disse o expresidente. “Não tem que consumir maconha, pura e simplesmente, não tem que consumir”, afirmou Vásquez recentemente.

De acordo com dados da Junta Nacional de Drogas, 20% dos uruguaios de idades entre 15 e 65 anos consumiu maconha alguma vez na vida, e 8,3% consumiram no último ano.

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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