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Que Horas Ela Volta?

Imagem: Divulgação

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“Que Horas Ela Volta” ganha prêmio do público em Festival na Suécia

Criado em 07/02/16 15h43 e atualizado em 18/03/16 15h20
Por Rádio França Internacional

O filme “Que Horas Ela Volta?”, da diretora brasileira Anna Muylaert, ganhou o prêmio do público de melhor longa-metragem no Festival de Cinema de Gotemburgo, na Suécia, o maior da Escandinávia. A cerimônia do Dragon Awards, como é chamada a premiação do festival, aconteceu neste sábado (6) no histórico Stora Teatern (Grande Teatro).

A cineasta participou de debates após as projeções dos filmes na cidade sueca, nos primeiros dias do festival, que começou no dia 29 de janeiro, mas retornou ao Brasil na última terça-feira.

O filme é protagonizado por Regina Casé, que interpreta a empregada Val, que deixa sua filha aos cuidados de parentes em Pernambuco para trabalhar na casa de uma família de classe alta em São Paulo. A ação do filme começa quando Jéssica, sua filha adolescente vai para São Paulo prestar vestibular. Sua personalidade forte mexe na hierarquia social da família e consequentemente questiona a rigidez dos papéis sociais vigentes.

A assistente executiva sueca Jenny Trozell viu o filme no festival e ficou contente com a vitória.

“O que eu mais gostei foi o drama psicológico que começa depois da chegada da filha da empregada. A atmosfera que se cria na casa é muito bem captada. É um filme que vou lembrar por muito tempo”, conta.

Trozell ficou para o bate-papo depois da sessão com Anna Muylaert e disse que foi muito interessante. “Ela disse que o filme criou um grande debate no Brasil, mas também nos Estados Unidos, sobre o tratamento das empregadas. Ela também explicou que houve muitos avanços para as empregadas no Brasil nos últimos 15 anos e que agora elas moram nas suas próprias casas e têm horários mais regulares. ”

Melhor filme nórdico

O prêmio principal do evento, de melhor filme nórdico, ficou com “Land of Mine”, do dinamarquês Martin Zandvliet, que recebeu 1 milhão de coroas suecas (cerca de R$ 400 mil), um dos maiores prêmios de cinema do mundo. O filme é inspirado em fatos reais e conta a história de prisioneiros de guerra alemães que foram enviados à Dinamarca depois da Segunda Guerra Mundial para remover minas terrestres. Estima-se que mais de 2.000 soldados alemães participaram da operação, e quase a metade morreu ou perdeu algum membro do corpo.

O júri explicou a decisão, afirmando que “trata-se de um filme muito intenso, emocionante e bonito, que revela fatos novos sobre o pós-guerra na Dinamarca e mostra os trágicos ciclos da guerra, quando os vencedores adotam as técnicas brutais dos perdedores”.

O júri este ano foi presidido pela cantora e diretora norte-americana Laurie Anderson, que apresentou no festival seu filme “Heart of a Dog”, e composto pela atriz sueca Saga Becker, pelo diretor dinamarquês Christian Braad Thomsen, pelo roteirista e produtor islandês Sigurjón Kjartansson, pela diretora de fotografia norueguesa Anna Myking e pela diretora executiva do Festival Internacional de Cinema de Helsinki, Sara Norberg.

Melhor documentário 

O Dragon Award de melhor documentário foi para a co-produção sueca e finlandesa “Don Juan”, de Jerzy Sladkowski, sobre o jovem autista russo Oleg, de 22 anos. A mãe dele, Marina, não aceita o seu comportamento e tenta os mais surpreendentes e heterodoxos tratamentos para torná-lo mais “normal”.

Segundo comunicado do júri, o documentário levou o prêmio por mostrar uma história cativante com um personagem principal inesquecível. “É um filme moderno e, ao mesmo tempo, baseado na tradição dos documentários clássicos. O diretor escolheu retratar a luta de uma pessoa sensível em uma Rússia conservadora e disfuncional”, completou.

O documentário “I Remember When I Die”, de Maria Bäck, ganhou uma menção honrosa. O prêmio Ingmar Bergman para diretores estreantes ficou para o italiano Pietro Marcello, pelo filme “Lost and Beautiful”, uma fábula sobre um pastor, Tommaso, que decide cuidar de um palácio abandonado na região da Campania, sul da Itália. Quando ele morre, Pulcinella, um personagem da Commedia dell’arte, aparece para realizar seu último desejo: salvar um filhote de búfalo.

Outros prêmios entregues foram melhor direção de fotografia (Petrus Sjövik, pelo sueco “The Model” e melhor filme nórdico segundo o público (“Welcome to Norway”, do norueguês Rune Denstad Langlo).

Creative Commons - CC BY 3.0

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