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Policiais do Batalhão de Choque cercam desde a madrugada o prédio do antigo Museu do Índio, ao lado do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. Os indígenas da Aldeia Maracanã e apoiadores resistem à desocupação.

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Índios aceitam oferta do governo do Rio e começam a deixar prédio de antigo museu

Criado em 22/03/13 11h38 e atualizado em 22/03/13 12h34
Por Flávia Villela Edição:Lílian Beraldo Fonte:Agência Brasil

Atualização: Após saída de índios de antigo museu, manifestantes e policiais entram em confronto no Rio

Rio de Janeiro - A ocupação do prédio do antigo Museu do Índio, ao lado do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, foi encerrada há pouco. Cerca de 20 índios que moravam no imóvel aceitaram a oferta do governo do estado e serão transferidos para Jacarepaguá, na zona oeste. Eles deixam o local em vans da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos.

Com apoio de dezenas de manifestantes, os índios saíram do local pacificamente. Levaram seus pertences e acenderam uma fogueira que chega a dois metros na entrada do prédio. Eles serão transferidos para a Colônia de Curupaiti, em Jacarepaguá, onde deverá funcionar o Centro de Referência da Cultura dos Povos Indígenas, prometido pelo governo estadual. O Corpo de Bombeiros foi chamado para apagar a fogueira dos índios e evitar acidentes.

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Em nota distribuída na noite de ontem (21), além da transferência do índios para Curupaiti, com a promessa de preservar a cultura indígena, a Secretaria de Assistência Social também se comprometeu a criar um Conselho Estadual de Direitos Indígenas, que funcionará como órgão consultivo do estado para a formulação de políticas públicas para essa população.

O prédio estava cercado desde às 3h por policiais do Batalhão de Choque. Por ordem da Justiça Federal, o imóvel deveria ser desocupado ainda hoje (22), a pedido do governo do estado do Rio de Janeiro, que deseja reformar o local para receber o Museu Olímpico.

Durante os protestos contra a desocupação nesta manhã várias pessoas foram detidas por policias militares. O Batalhão de Choque, chamado para intervir, respondeu com bombas de gás lacrimogêneo e jogou spray de pimenta nos manifestantes que protestavam Avenida Radial Oeste -  um das principais da cidade - ao lado do museu. Eles foram retirados à força.

Uma jovem que se disse representante do grupo ucraniano Femen no Rio tirou a blusa e correu para o meio da pista, mas foi contida por pelos policiais, sob protestos.

Construído no século 19, o prédio abrigou o Serviço de Proteção ao Índio, comandado pelo Marechal Candido Rondon. Já como museu, o local teve entre seus diretores o antropólogo Darcy Ribeiro.

Edição: Lílian Beraldo

Matéria atualizada às 12h23

Creative Commons - CC BY 3.0

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