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Muçulmanos condenam ataque ao jornal Charlie Hebdo
Criado em 07/01/15 14h16
Por Da Agência Lusa
Fonte:Agência Brasil
O Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM), instância representativa dos muçulmanos da França, qualificou de “ato bárbaro” o atentado ao jornal Charlie Hebdo, em Paris.
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“Este ato bárbaro de extrema gravidade é também um ataque contra a democracia e a liberdade de imprensa”, afirmou o CFCM, que representa a primeira comunidade muçulmana da Europa – entre 3,5 milhões a 5 milhões de membros – que se expressou em nome dos “muçulmanos de França”.
O presidente do conselho, Dalil Boubakeur, também imã da Grande Mesquita de Paris deverá ir ao local do ataqu, disseram responsáveis da comunidade à agência de notícias AFP.
O atentado praticado por três homens encapuzados e fortemente armados provocou pelo menos 12 mortos, dizimando a redação do Charlie Hebdo. Stéphane Charbonnier, 47 anos, conhecido como Charb e diretor da publicação, Jean Cabut, 76 anos, Georges Wolinksi, 80 anos, e Verlhac Bernard, 58 anos, conhecido como Tignous, incluem-se entre as vítimas do ataque.
Segundo testemunhas, os agressores gritaram “vingamos o profeta”, disse um policial. O CFCM expressou a sua “solidariedade” com as vítimas e as suas famílias “face a um drama com dimensão nacional”.
“Num contexto político internacional de tensões alimentado por delírios de grupos terroristas que se aproveitam injustamente do islão, apelamos a todos os que estão associados aos valores da República e da democracia que evitem as provocações que apenas servem para jogar gasolina no fogo”, disse o conselho.
O CFCM apelou à comunidade muçulmana “para permanecer vigilante face às eventuais manipulações proveniente de grupos com objetivos extremistas, quaisquer que sejam”.
Num comunicado distinto, a União das Organizações Islâmicas de França (Uoif), próxima da Irmandade Muçulmana, condenou “da forma mais firme este ataque criminoso e estas mortes horríveis”.
Em declarações à AFP, o grande rabino de França, Haim Korsia, referiu-se a um “tempo de luto onde todos devem estar unidos”.
“Neste momento precisamos de união nacional e defender o conjunto das nossas liberdades, incluindo a liberdade de expressão”, destacou o chefe religioso da primeira comunidade judaica da Europa, com 500 mil a 600 mil representantes.
“De seguida será necessária uma resposta forte do Foverno, porque numa sociedade democrática é a força legítima que domina a violência”, afirmou ainda.
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