one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Compartilhar:

Projeto de lei sobre terrorismo devide opiniões durante debate no Viva Rio

Criado em 11/08/15 00h31 e atualizado em 11/08/15 07h40
Por Vladirmir Platonow Edição:Aécio Amado Fonte:Agência Brasil

O Projeto de Lei 2016, de 2015 (PL 2016/15), conhecido como Lei Antiterrorismo, pode entrar em discussão no plenário da Câmara nesta terça-feira (11). Porém, a matéria dividiu opinião de deputados federais e especialistas em segurança pública durante debate no Viva Rio.

Ela prevê o endurecimento na prevenção e punição de crimes de terror, mas também pode atingir manifestações políticas que eventualmente descambem para a violência.

O PL altera a Lei 12.850, de 2013, e a Lei 10.446, de 2002, para dispor sobre organizações terroristas. Crimes como depredação de patrimônio público e privado, terão penas mínimas de 8 a 12 anos de prisão, mais multa, podendo ser acrescido de até dois terços de reclusão, dependendo da gravidade do ato.

Deputados federais do Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara, que participaram nessa segunda-feira (10), no Rio, de um debate sobre segurança pública, se dividiram entre apoio e rejeição ao PL. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) demonstrou preocupação de que a lei atinja movimentos sociais.

“Na minha opinião, o Brasil não precisa de uma lei dessa natureza. Mas o que me explicaram é que tem acordos internacionais que requerem uma legislação desse tipo. Não permitiremos a aprovação de nenhum dispositivo que possa se confundir com a criminalização de movimentos sociais. Se precisar ter uma lei, que seja a mais restrita possível. Mas se não precisar, melhor ainda. Porque não tem terrorismo no Brasil”, disse Teixeira.

Para o também deputado federal Ronaldo Benedet (PMDB-SC), a aprovação de uma lei desse tipo é necessária ao país, para coibir crimes que afetem a sociedade como um todo. “Você precisa ter uma legislação que prevê uma pena específica para o ato de terrorismo, como outros países têm. Temos as Olimpíadas no ano que vem e não temos uma lei antiterrorismo. Mas é preciso uma definição do que seja terrosismo”.

O sociólogo Glaucio Soares, especializado em segurança pública, admitiu que o país não está preparado para enfrentar o tipo de terrorismo como o existente na Europa, mas considerou desnecessária a aprovação de uma lei nesse sentido. “Não se trata de lei, mas sim de treinamento. Aumentar a pena não intimida terrorista. Existe o perigo de que a lei seja esticada para incluir atividades que não sejam terroristas e isso não seria nada bom, como instrumento de supressão e opressão de manifestações”, afirmou.

O diretor executivo da organização Viva Rio, Rubem César Fernandes, questionou também a necessidade de se aprovar uma legislação específica para combater o terrorismo. “Isso é um retrocesso. Essa tendência de endurecer as leis é muito perigosa, porque permite mais arbítrio. O que precisa é treinamento contra possíveis ameças de terrorismo”, disse Rubem César.

O debate entre os parlamentares integrantes do Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara e especialistas a fim de recolher subsídios para propostas legislativas que serão condensadas e apresentadas no início de 2016, com objetivo de melhorar a segurança pública do país.

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário