O que estão falando na RIO+20
Tema:
O polêmico conceito de Economia Verde
O Conceito de Economia Verde, um dos eixos temáticos da Conferência das Nações Unidas Para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, encontra defensores e críticos na sociedade. Enquanto alguns setores acreditam que a Economia Verde pode tirar milhões de pessoas da pobreza (como apontou recente relatório produzido pela Organização das Nações Unidas e parceiros), outros criticam o conceito e atribuem a ele a condição de nova forma de legitimação da exploração capitalista.
Acompanhe o debate nos dois documentos relacionados.
-
Economia Verde pode tirar milhões de pessoas da pobreza, diz relatório produzido pela ONU e rede de parceiros
Matéria sobre o relatório publicado pela ONU sobre Economia Verde com link para o relatório completo.
-
A “economia verde” é o novo Consenso de Washington”?
Documento publicado pela Campanha Não à economia verde
Os riscos e desafios da venda de serviços ambientais
A venda de serviços ambientais é uma das questões que serão debatidas durante a Rio+20. Para Frei Betto,a proposta significa “apropriação e mercantilização das florestas tropicais, florestas plantadas (semeadas pelo ser humano) e ecossistemas”. “Devido à crise financeira que afeta os países desenvolvidos, o capital busca novas fontes de lucro. Ao capital industrial (produção) e ao capital financeiro (especulação), soma-se agora o capital natural (apropriação da natureza), também conhecido por economia verde”, diz.
Na avaliação de Philip M. Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), os desafios são muitos. “Converter serviços como a manutenção da biodiversidade, o armazenamento de carbono e a ciclagem de água em fluxos monetários, que possam apoiar uma população de guardiões da floresta, exige cruzar uma série de obstáculos. Um dos primeiros obstáculos é a quantificação segura do valor dos serviços oferecidos”.
-
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Philip Fearnside diz que o desafio é como converter os serviços ambientais da floresta em um fluxo de renda, e este fluxo em uma base para o desenvolvimento sustentável na Amazônia rural.
-
Cúpula dos Povos
Frei Betto critica, em artigo, a venda de serviços ambientais.