Compartilhar:
Secretário geral da OEA questiona uso de Lei Antiterrorista no Chile
Criado em 09/01/13 15h58
e atualizado em 09/01/13 16h26
Por Portal EBC*
O secretário geral da OEA, José Miguel Insulza, afirmou que já chegou o momento do Chile começar a se desfazer da Lei Antiterrorista. Referindo-se aos últimos atentados em Araucania, região sul do país, ele declarou à rádio chilena ADN que existem leis que penalizam duramente o homicídio, o incêndio e a associação ilícita. “Não sei se a essas alturas não seria conveniente, ao invés de duplicar leis, começar a desfazer-se da Lei Antiterrorista”, questiona.
Insulza afirmou que a Lei, definida durante o governo militar de Augusto Pinochet (1973-1990), 'foi elaborada em um período em que havia problemas de terrorismo urbano”, mas “hoje em dia se utiliza principalmente em situações relacionadas ao povo mapuche e eu creio que já chegou o tempo para podermos usar outras leis”.
A utilização da lei foi anunciada pelo presidente Sebastian Piñera [2], após um ataque incendiário que causou a morte de um casal de fazendeiros na última semana [3]. Um novo ataque incendiário afetou na manhã desta quarta-feira (09) a Escola Básica Rahuilmaco da comuna de Collipulli, também na região de Araucania [4]. O fato ocorreu por volta das 06h, quando um grupo de encapuzados entrou nas dependências da escola, ameaçou o vigia e colocaram fogo na escola onde estudam 20 crianças mapuche.
*Com informações da emissora estatal de televisão do Chile, TVN [5]
Leia também:
Chile utilizará lei antiterrotista contra ataques incendiários [2]
Comunidades mapuche convidam presidente do Chile para assembleia sobre conflito [6]
Autoridades do Chile suspeitam de envolvimento das Farc em conflito [7]
Chile pode decretar estado de excessão em área mapuche [8]
Escola frequentada por crianças mapuche é incendiada no Chile [4]
Ataque incendiário provoca duas mortes no Chile [3]
Deixe seu comentário