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Estádio do Benfica, Portugal

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Apesar de queda, brasileiros ainda são maioria entre estrangeiros no futebol potuguês

Criado em 06/09/13 11h12 e atualizado em 07/09/13 14h34
Por Gilberto Costa/ Correspondente da EBC Fonte:Portal EBC

Lisboa – Três dos 22 jogadores convocados para os próximos amistosos da Seleção brasileira tiveram passagem pelos principais clubes portugueses. Hulk (ex-Porto FC), David Luiz (ex-Benfica) e Ramires (ex-Sporting e ex-Benfica), hoje bastante valorizados no mercado internacional de futebol, são apontados como exemplos de que os gramados lusitanos podem servir de tapete para a glória no esporte.

Entre a temporada de 2009/2010 e de 2013/2014, 318 brasileiros se transferiram para Portugal (1ª e 2ª ligas), conforme contabiliza o site especializado em futebol internacional 365 .

ESPECIAL SOBRE BRASILEIROS NO FUTEBOL PORTUGUÊS:

As relações dos jogadores com os clubes e a crise econômica que atravessa também o futebol português, no entanto, podem alterar o mercado e relativizar a ideia de Portugal como melhor destino para os jogadores brasileiros. Ficar nos campos do Brasil é apontado por pessoas do meio como alternativa melhor para a carreira do atleta do que cruzar o Oceano Atlântico no sentido oposto ao de Pedro Alvares Cabral.

“A imagem que passa que os jogadores brasileiros vêm para Portugal ganhar dinheiro na maioria das vezes não corresponde à verdade”, aponta o agente de jogadores de futebol Ramiro Sobral, cadastrado na Federação de Futebol de Portugal (FPF). “Os salários pagos pela maioria dos clubes portugueses estão longe de permitir que um jogador brasileiro após dez anos de carreira de futebol, quando acabe de jogar, tenha a vida orientada. Pelo contrário, quando parar de jogar futebol vai ter que procurar emprego porque em dez anos não terá ganho o suficiente para viver daquilo que construiu”, alerta o agente.

Segundo os especialistas do ramo, os salários pagos no Brasil tornaram-se mais competitivos e manter-se no país pode ser vantajoso. “Ainda que para vir pelo mesmo salário pense duas vezes”, aconselha Emanuel Calçada, advogado especializado em direito do desporto e secretário-geral da Associação Nacional de Agentes de Futebol de Portugal. “Há uma tendência de mudança. [Os clubes] começam a se virar para o mercado africano”, acrescenta Marcelo Silva, agente brasileiro também registrado na FPF.

Esses fatores podem explicar a queda crescente da participação verde amarela nas últimas cinco temporadas do campeonato português (1ª divisão). Estatísticas da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), mostram que entre as temporadas de 2008/2009 (epicentro da crise financeira internacional) e de 2013/2014 (atual) caiu em quase 20 pontos percentuais a presença de brasileiros na principal competição lusitana – de 60,08% para 40,24%.

Há cinco anos os brasileiros somavam 146 atletas na competição (no pico, o número chegou a 157). Na atual temporada (cuja a janela de transferências se fecha no próximo 13 de setembro), há por enquanto apenas 101 jogadores “brasucas” (como dizem os portugueses). Apesar da queda, os brasileiros ainda são os estrangeiros mais constantes dentro das quatro linhas do futebol português (cerca de dois em cada grupo de dez atletas).

 

 

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