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Funcionários de hospitais federais mantêm a greve no Rio

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Governo Dilma foi desafiado por uma das maiores greves do funcionalismo

Criado em 11/12/12 09h42 e atualizado em 21/12/12 19h19
Por Davi de Castro Fonte:EBC

O segundo ano de governo da presidenta Dilma Rousseff foi desafiado por um forte movimento grevista que atingiu as mais diversas categorias do funcionalismo público. A onda de paralisações teve início em 17 de maio com a adesão dos docentes e técnicos-administrativos das universidades e institutos federais de educação superior. Aos poucos, outras categorias se somaram ao movimento por aumentos salariais e reestruturação de carreiras. Na lista, órgãos do Poder Executivo, Judiciário Federal e Ministério Público da União. Estimativa da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef) apontou que mais de 300 mil servidores entraram em greve no país.

Na administração federal direta, indireta, autárquica e fundacional, cerca de 40 setores aderiram o movimento a partir da segunda quinzena de junho. As agências reguladoras suspenderam as atividades em julho. Já os servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União (MPU) decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado, apenas no início de agosto em vários estados (veja relação completa aqui). 

Ouça reportagem da Radioagência sobre o início do movimento:

O governo federal sinalizava que não iria autorizar aumento de gastos diante do cenário de crise financeira internacional. O Ministério do Planejamento calculou que, para atender todas as reivindicações, seria necessário desembolsar cerca de 92 bilhões de reais, um acréscimo de 50% da atual folha de pagamento.  Enquanto o órgão batia o pé de um lado, o movimento grevista se expandia de outro e intensificava as manifestações. O impasse se arrastou meses a fio. Enquanto isso, os efeitos da greve eram sentidos em hospitais, universidades, portos, aeroportos, estradas e até na emissão de documentos, como carteiras de trabalho e passaportes.

Para conter o movimento, o governo ameaçou cortar o ponto de grevistas. Uma briga judicial teve início e a administração federal levou a melhor. O STJ autorizou a medida e pelo menos 11 mil servidores em greve ficaram com o pagamento comprometido. Eles só receberam os valores de volta depois de assinarem termo de reposição dos dias não trabalhados. Veja reportagem:

As portas para negociação com as categorias paralisadas foram abertas no final de julho. Os docentes foram os primeiros a entrar na rodada. Inicialmente, rejeitaram. Só no começo de agosto as universidades, pouco a pouco, concordaram com a proposta de reajuste, que variava entre 25% e 40% pelos próximos três anos, e decidiram pôr fim ao movimento que durou mais de três meses. As demais categorias receberam proposta padronizada de reajuste de 15,8% ao longo de três anos. Os manifestantes não ficaram satisfeitos, alegaram que o reajuste não recupera as perdas salariais sofridas ao longo dos últimos anos. O acordo só foi formalizado no fim de agosto, quando os servidores decidiram aceitar a proposta e encerraram uma das maiores greves que o serviço público brasileiro já passou.

 

 

 

 



 

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