Países precisam cumprir recomendações das convenções sobre clima, biodiversidade e desertificação

Rio de Janeiro

Por Carolina Gonçalves e Renata Giraldi

Foto: Vinicius Morende/ Flickr Creative Commons

Desertificação e esperança

À parte das insistentes declarações do governo brasileiro sobre o tipo de abordagem que dominaria os debates da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), o texto preliminar, que reúne pontos acordados pelos negociadores, trata de questões que são objetos de convenções específicas, criadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), como a de mudanças climáticas e de desertificação.

Pelo documento fechado ontem (16) à noite, ao qual a Agência Brasil teve acesso, os negociadores reconhecem que problemas causados pelo clima, por exemplo, ameaçam o sucesso dos resultados esperados nos compromissos firmados na conferência. O temor é que esses fenômenos minem a capacidade desses países, principalmente os mais pobres, de cumprir os objetivos que os negociadores esperam consolidar e reforçar a partir da Rio+20.

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“O combate às alterações climáticas exige ação urgente e ambiciosa”, destaca o texto, acrescentando a ameaça que esses problemas podem significar para a viabilidade e sobrevivência das nações. Os negociadores acordaram em acelerar a execução das metas de desenvolvimento firmandas internacionalmente, que incluem os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) até 2015.

“Reconhecemos a importância das três convenções do Rio para promover o desenvolvimento sustentável e, nesse sentido, instamos todas as partes a aplicarem integralmente os seus compromissos”, ressaltando os objetivos da Convenção sobre Mudança do Clima, da Convenção sobre Biodiversidade Biológica e da Convenção de Combate à Desertificação.

O texto preliminar tem seis capítulos, distribuídos em 50 páginas. A nova versão do documento que será examinado por chefes de Estado e de Governo, nos próximos dias 20 a 22, traz recomendações gerais, excluindo os pontos de divergência que ainda se mantêm nas negociações.

Edição: Andréa Quintiere

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Fonte: Agência Brasil

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